A reportagem do jornal norte-americano é um perfil do trabalho de Romário como parlamentar. Ele é descrito como um "dissidente" e "o maior crítico da Copa do Mundo no Brasil".
"Estão roubando a população brasileira", disse Romário sobre a atuação da Fifa. "Eles têm conseguido o que vieram buscar: dinheiro", completou o deputado.
Romário também foi questionado sobre a polêmica em torno de uma declaração de Ronaldo. O "Fenômeno" ponderou que "Copa do Mundo não se faz com hospitais", o que gerou enorme repercussão. Depois, o ex-jogador disse que a frase havia sido tirada de contexto e mal interpretada.
"Ou Ronaldo e Bebeto não sabem o que está acontecendo, ou sabem e estão fingindo que não. De qualquer forma, são ignorantes", atacou Romário.
Na entrevista ao "New York Times", o "Baixinho" ainda lamentou a mudança no comando da CBF. "De alguma maneira, ficou ainda pior", avaliou Romário sobre a troca de Ricardo Teixeira por José Maria Marin.
O tom enfático que Romário adotou na entrevista ao jornal corrobora os ataques que o jogador tem feito no Brasil. Na última terça-feira, por exemplo, ele aproveitou audiência pública da Câmara para chamar Joseph Blatter, presidente da Fifa, de "ladrão".
O texto do "New York Times" discute o porquê dessa postura de Romário. "Ele é tão oportunista na política quanto era no campo", definiu o jornalista Juca Kfouri, blogueiro do UOL, em entrevista ao jornal.
Romário é comparado pelo jornal a outras personalidades que se aproveitaram da fama para ingressar na política brasileira. A publicação cita outros ex-jogadores e até o palhaço Tiririca (PR-SP), deputado federal mais votado em 2010.
Do UOL