Jurídico

Rogers Jarbas inocenta Polícia Militar em escândalo dos grampos ilegais

Em depoimento prestado nesta sexta-feira (09) na 11ª Vara Militar do Fórum de Cuiabá, na ação penal que apura os crimes militares no suposto esquema de grampos ilegais no estado, o ex-secretário de segurança pública de Mato Grosso Rogers Elizandro Jarbas, inocentou a instituição da Polícia Militar de estar envolvida no escândalo que ficou conhecido como “Grampolândia Pantaneira”.

No depoimento que durou pouco mais de uma hora, Rogers foi categórico ao afirmar que não tinha conhecimento da ilegalidade até a divulgação da situação em um programa nacional de televisão, e falou em alto e bom tom, que “quero deixar claro aqui a todos e vou repetir isso até o final, a Polícia Militar não tinha conhecimento da ilegalidade destes fatos que vieram a tona”, afirmou.

Segundo Jarbas, os fatos apresentados foram equivocados ao querer colocar a culpa na PM. Ele disse ainda que não interrogou a delegada Alana Cardoso na Sesp e que em momento algum ela foi coagida a falar algo, e que a delegada teria pedido ajuda a ele.

“Quando tive conhecimento do caso, eu chamei a Alana para conversar e saber o que havia acontecido, pois quando recebi a documentação, lá apontava que houve escutas partindo de dentro da Sesp, e eu queria saber o que de fato houve, por isso a chamei para conversar, mas amigavelmente, sem ser oitiva ou interrogar”, disse Rogers.

“Ela disse que realmente houve os fatos e tudo mais e que estava com medo do que poderia acontecer, que tinha medo de ser presa e perguntei se eu poderia ajuda-la, eu disse que no momento as únicas coisas seria encaminhar a denúncia ao órgão responsável. Inclusive eu tive que sair, pois tinha uma reunião, e a própria Alana escreveu o depoimento dela, pois tinha medo que a imprensa pudesse distorcer a situação”, completou.

Ainda de acordo com o ex-secretário, depois de escrever o próprio depoimento, Alana disse que queria ir embora, então ele (Rogers) voltou a secretaria para ler o depoimento e assinar o documento e liberar a delegada.

Depois de ler o depoimento, Rogers informou que fez apenas dois questionamentos a Alana, pois viu que tudo o que a delegada escreveu era verdade.

“Depois de ler o depoimento de “cabo a rabo’ eu perguntei duas coisas a ela: se as escutas foi a mando de Paulo Taques e ela negou e se ela tinha comentando com mais alguém, e ela me informou que apenas com a Alessandra Cardoso (secretária adjunta de inteligência da Sesp na época) e que a história dele investigar ela ou ter feito pressão, foi tudo mentira criada pela delegada”, expôs o ex-secretário.

Quando questionado se o governador do estado Pedro Taques (PSDB) comentava com ele algo sobre os grampos, Rogers afirmou que não e que o governador fez apenas um pedido aos secretários na época.

“O governador comentou duas coisas sobre os grampos: a primeira foi que ele estava muito triste com a prisão dos militares, pois eram homens de confiança dele e que acreditava que eles não teriam se envolvido no escândalo e aguardaria a verdade, e a outra coisa foi um pedido especial, pois ele pediu solidariedade aos detidos, para que fossem feitas visitas a eles, já que eram boas pessoas”, informou.

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Redação

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