Os organizadores do Rock in Rio informaram nesta terça-feira (7) que abriram mão dos cerca de R$ 12 milhões captados pela Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), para manter o preço dos ingressos do festival para a edição de 2015 – R$ 350 a inteira e R$ 175 a meia.
Como informou a "Folha de S.P", o Ministério da Cultura (MinC) havia enviado, em fevereiro, um ofício dizendo que o preço não estava autorizado e determinando a redução de R$ 90, para adequação ao contrato. A organização pediu um reajuste, baseado na alta do dólar, mas a falta de tempo para aguardar a decisão do MinC fez o evento abrir mão do dinheiro.
"A gente não teria como alterar a venda de ingressos. Estamos com a campanha no ar há 20 dias e o ministério não tinha como antecipar a tomada de decisão dele. A decisão tem ser tomada por uma comissão deles, que é no dia 16 [de abril). Se a gente abrisse venda dia 9 estaríamos entrando em descumprimento com o ministério e a gente não vai deixar chegar a esse ponto, até porque a gente não viabiliza o evento com R$ 260", explicou Roberta Medina, vice-presidente do Rock in Rio.
Desta maneira, o Rock in Rio devolveu ao Ministério da Cultura cerca de R$ 4 milhões que havia recebido através da lei de incentivo fiscal. Segundo Roberta, a expectativa era captar R$ 12 milhões em recursos, o que significa cerca de 6% do orçamento do festival.
Rock Street
O anúncio da decisão de abrir mão dos valores foi feito após entrevista coletiva para divulgação da programação da Rock Street. O espaço terá lojas, bares, shows e restaurantes. Em todos os dias, o lugar terá apresentações da companhia de dança Carlinhos de Jesus, de grupos de capoeira e percussão e de Bumba Meu Boi. João Donato (dia 18 de setembro) e Marcos Valle (27), ícones da bossa nova, farão participações especiais.
Fonte: G1