Política

Roberto Dorner nega ter recebido propina a CPI dos Aluguéis

O ex-deputado federal Roberto Dorner (PSD) prestou depoimento à CPI dos Aluguéis na sexta-feira (06), que investiga gastos da Prefeitura de Sinop com a locação de imóveis. Dorner criticou a ausência dos vereadores Wollgran de Lima (DEM)   e Fernando Assunção (PSDB). O democrata, inclusive, apresentou o requerimento para abertura da investigação.

O empresário é proprietário do prédio do Instituto Federal de Educação e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), locado pelo Executivo no valor de R$ 33,6 mil. Ele foi convocado para oitiva devido à diferença de mais de 13% nos valores, apontadas nos laudos elaborados pelas empresas contratadas pela Câmara Municipal.

“Quando veio uma comissão para avaliar prédios para instalar o IFMT, eles visitaram dois prédios.  Quando estiveram no meu,  eles acharam o lugar mais adequado, porque tem campo de futebol e estacionamento. Eles pediram adequação para modificar o prédio. Eu gastei mais de R$ 500 mil para adequar. Não houve propina e nem problemas e até demorou a fazer o contrato”, explicou o empresário.

Durante o depoimento,  Dorner declarou várias vezes que em nenhum momento recebeu propina ou pediu favores para que fosse assinado o contrato de locação do imóvel. Ao fazer o uso do microfone na CPI,  ele não poupou críticas aos dois vereadores ausentes, que são membros da Comissão.

O ex-deputado disse que os parlamentares precisam tomar vergonha na cara e dar nomes aos bois. “Se esses vereadores estão falando isso,  eles têm que tomar vergonha na cara e dar nomes aos bois, não jogar palavras transparecendo no ar que todo mundo é corrupto. Quando fala em corrupção tem que citar nome. Agora ficam com essa palhaçada querendo aparecer para imprensa e população de Sinop e eu vou desmascarar esses camaradas. Gostaria muito que eles estivessem aqui”, finalizou Dorner.

O segundo empresário a depor foi Márcio Kreibich, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Sinop, proprietário do prédio onde foi instalado o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), pelo valor de R$ 18 mil mensais. Os laudos também indicaram diferença de preços. 

“O imóvel foi construído para um centro clínico e não é barracão de quatro paredes. A localização está no centro de Sinop. Nesse meio a Secretaria de Saúde nos procurou e colocou o interesse do centro odontológico. Eu readequei o projeto que eu tinha e o gasto foi maior do que eu previa e hoje é uma referência em clínica pelo acabamento e estrutura montada. No estado de Mato Grosso não tem a estrutura que encontramos no imóvel”, explicou Márcio Kreibich.

A comissão tem até o dia 28 de maio para apresentar o relatório final. O presidente da CPI, vereador Fernando Brandão (PR), informou que para a próxima semana serão realizadas mais oitivas com proprietários de outros imóveis onde foram apontadas diferenças superiores a 13%. Dos 59 contratos da Prefeitura, 15 foram indicados como suspeitos.

 

(Fonte: RDNews)

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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