Política

Riva será ouvido sobre 15 processos que envolvem desvio de dinheiro da AL

Foto: Reprodução

A juíza Selma Rosane Arruda da 7ª Vara Criminal aceitou a solicitação do pedido do ex-deputado José Geraldo Riva para ser interrogado sobre denúncias oriunda da operação Arca de Noé, deflagrada em 2002. Ao todo são 15 ações penais por desvios de dinheiro da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). A audiência foi marcada para a próxima quinta-feira (13), às 15h30, no Fórum da Capital.

Ao que consta no despacho da decisão acatada pela juíza, a defesa pediu o novo interrogatório afirmando que o ex-parlamentar pretende esclarecer alguns fatos. Há uma hipótese levantada de que José Riva possa confessar o crime para que, caso venha a receber uma sentença, tenha sua pena reduzida.

“Tendo em vista que a Defesa afirmou que ele pretende esclarecer alguns fatos que não foram por ele elucidados quando da realização de seu primeiro interrogatório, é imperioso o deferimento do pedido”, considerou a magistrada.

Todos os 15 processos são decorrentes da Arca de Noé, uma operação da Polícia Federal que denunciou junto ao Ministério Público do Estado um suposto esquema de corrupção dentro da ALMT.  Mais de R$ 2,2 milhões foram desviados da Casa Civil. O ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro foi preso nesta ação.

De acordo com a denúncia, os líderes da Mesa Diretora do Legislativo, no ano de 2007, Riva e Humberto Bosaipo faziam operações forjadas em nome de empresas inativas. Eles emitiam cheques em nome da empresa fantasma e sacavam diretamente do banco.

José Riva e Humberto também desviavam o dinheiro para conseguir recursos para as campanhas eleitorais, recorrendo ao agiota João Arcanjo, dono de uma empresa de Factoring, para fazer empréstimos e como garantia deixavam cheques nominais à empresa fantasma.

Humberto Bosaipo, por ter se tornado conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, em março de 2008, teve o processo encaminhado para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em 2013, o processo foi desmembrado, permanecendo o de Bosaipo no STJ.

Riva teve o processo desmembrado, apresentou defesa preliminar e passou a responder pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. A acusação de formação de quadrilha acabou extinta.

Redação

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