A juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Contra o Crime Organizado da Capital, adiou o interrogatório do ex-deputado estadual José Riva e de seus ex-chefes de gabinete Maria Helena Caramelo e Geraldo Lauro. Os três só serão ouvidos após o dia 27 de abril, após oitiva da última testemunha.
O interrogatório foi adiamento por que a ex-servidora da Assembleia Legislativa, Nadir Nascimento, testemunha do caso, ainda não foi ouvida. “Nunca me preparei tanto para uma audiência. Estou com quase 20 laudas de documentos aqui. Mas estou orientado pelo meu advogado a permanecer silêncio porque a Nadir ainda será ouvida”, resumiu Riva.
Essa foram as únicas palavras proferidas pelo ex-deputado em toda audiência. Riva, e os ex-chefes de gabinete deveriam prestar esclarecimento na tarde desta segunda-feira (28), no Fórum da Capital, sobre os desvios de verbas de R$ 1,7 milhões na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT), investigados na Operação Metástase e Célula-mãe.
Nesta segunda-feira, apenas a ré e delatora do esquema, Marisol Castro Sodré, foi ouvida. A juiza interrogou-a novamente para explicar a suposta repetição das planilhas que continham os gastos do gabinete do ex-parlamentar.
José Riva, Maria Caramelo e Geraldo Lauro foram presos em outubro de 2015, quando foi deflagrada a operação Célula-Mãe pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Até o momento, apenas Maria Caramelo conseguiu obter a soltura, por decisão da própria juíza.