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O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Geraldo Riva afirmou, em depoimento na tarde desta terça-feira (30), que usou dinheiro de propina para pagar uma fazenda adquirida em parceria com o ex-governador Silval Barbosa no município de Colniza, extremo Norte do estado.
Além de Riva, serão ouvidos o ex-chefe de gabinete Sílvio Cézar Correa Araújo, Tiago Dorileo e o ex-secretário-adjunto de Administração, José Jesus Nunes Cordeiro também. Eles são investigados na Operação Sodoma II de participar do esquema de pagamento de propina e lavagem de dinheiro.
Acompanhe trechos dos depoimentos.
José Geraldo Riva
13h50 – “A denúncia é, em parte, verdadeira, porque os R$ 2,5 milhões tinham destinação já específica porque eu tinha negócio um negócio com o Silval Barbosa. É verdade que recebi dinheiro do willians Mischur, mas não chegou a ser 2,5 milhões. Aqui está a planilha de negócios, com os contratos, quanto saiu e quanto foi pago. E este é o contrato de uma fazenda que nós compramos juntos e os pagamentos que foram efetuados”.
14h30 – "Eu não extorqui o Wilians, já fui procurado por ele com os valores definidos. Ele esteve na minha casa com o Tiago e disse que existia uma pressão da minha parte para trocar a empresa dele por outra. Eu disse que tinha sim empresas interessadas no negócio, mas que não estava fazendo pressão para trocá-lo. Somente disse que apresentei essa empresa para o Cordeiro. Eu apresentei várias empresas para o Cordeiro, não quero ser injusto. Apresentei uma de Goiânia, Fortaleza, para participar da licitação. Sobre propina ,só foi falado com a Zetra. Aliás, já estava conversando isso antes com o Tiago, até achei que era muito R$ 1 milhão".
14h40 – "O Pedro Elias (ex-secretário de Administração) disse que foi na Assembleia e que eu disse que não era para ele mexer nesse contrato, que era meu. Essa reunião não existiu. Existiram outras conversas, mas sobre isso não”.
15h15 – "Mas não dá para generalizar a propina no governo Silval, porque tinha secretarias que não tinham recurso nem para cumprir as obrigações de governo, como Esporte, Cultura. Mas, é claro, havia outras secretarias que tinha como sim, e tudo era de conhecimento do governador. Não dá para pegar R$ 500 mil de um contrato sem o governador sab
15h28 – Questionado pela defesa de Marcel, Riva disse que não conhecia pessoa mais reservada que ele. E que, por isso, não pode afirmar se ele participou ou não do recebimento do esquema. Mas que ele é um dos caras mais inteligentes que conheceu, e que tanto poderia trabalhar pro mal quanto pro bem.
15h48 – Pro bem ou para o mal, o Chico era chamado. Sobre o Bruno, prefiro não falar por conta da relação muito próxima que tenho com ele. Sobre o Tiago, ele deve ter viabilizado a entrega do dinheiro".
15h54 – Não sei dizer se a Consignum foi forçada a pagar propina. OUtra coisa sobre o Willians. Ele sabia que tinha que me pagar, porque se ele não me desse os R$ 2,5 milhões eu iria cobrar o Silval.