"A avaliação é que o evento ficou muito acima do esperado. Houve problemas de infraestrutura, de logística, a cidade passa por um estresse. Mas foi o maior evento do Rio e a cidade passa no teste. A orla estava linda hoje à tarde", afirmou o ministro. "Acho que foi mais forte e bonito ter sido em Copacabana."
Segundo Carvalho, a presidente Dilma se encontrou com Francisco após a Missa de Envio, em Copacabana, e agradeceu a escolha do Brasil e o tipo de pregação feita pelo pontífice. Dilma teria elogiado o pronunciamento no Teatro Municipal do Rio, em que Francisco colocou a política como um serviço.
"O papa deu uma enorme lição a nós, políticos, e também à Igreja", disse Carvalho, em referência ao estilo simples de Francisco. "Quando ele vai ao encontro do povo e diz que o pastor tem que estar com cheiro de ovelha, ele mostra que é importante descermos do pedestal e estarmos próximos do povo."
Na avaliação de Carvalho, o discurso do papa sobre a corrupção "vai na linha da reforma política que precisamos fazer no País". E completou: "Não é a reforma da Dilma ou de quem for. É a reforma da política que o País precisa, provocando e abrindo a participação popular para o diálogo."
Para o ministro, o papa deu uma "injeção de alto astral" e mostrou à juventude que é possível mudar. "Nós estávamos num clima de baixo astral com os protestos, que é bom e necessário", afirmou. "Mas a jornada completa as manifestações no sentido do valor de fraternidade e construção da solidariedade."
Gilberto Carvalho citou a pane no metrô para exemplificar o maior problema da Jornada, o transporte. "Com 3 milhões de pessoas não tem como não ter filas. Não há cidade no mundo que possa fazer uma chegada e saída de público sem filas."
Para Carvalho, a lição para os próximos eventos é "planejar, planejar e planejar." "A gente tem que aprender com cada evento. Copa e Olimpíada não terão esse público em uma cidade única. Problemas não tiram o brilho e o sucesso da Jornada".
Também participam do encontro o secretário estadual de segurança, José Mariano Beltrame, o comandante da Polícia Militar, Coronel Erir Ribeiro, e o secretário municipal de transportes, Carlos Osório.
Folha