O governo demonstra preocupação com a ausência do local no mapa turístico da Copa, para que esta não prejudique outros locais de visitação. Por isso, estuda uma “maquiagem” no Complexo da Salgadeira.
Em declaração nessa terça-feira (11), o secretário de Estado de Turismo Jairo Pradela, afirmou que existe a possibilidade da entrega parcial da obra para o uso do público da Copa do Mundo, em junho deste ano, “vamos liberar apenas um lado, provavelmente o que tem mais fluxo de visitantes”.
A divulgação do estágio das obras, também nessa terça, foi feito após a visita de uma comitiva do Ministério Público do Estado e do Consórcio Salgadeira no local. Segundo a promotora de Justiça Ana Luíza Peterlini, que atua na Defesa do Meio Ambiente Natural, a liberação para utilização das águas depende da realização de um estudo de impacto ambiental. “Concluída essa primeira etapa, o Estado fará o estudo de impacto ambiental para verificar se o acesso é viável”, destacou.
A área do Complexo da Salgadeira abrange sete hectares e o Consórcio da Salgadeira formado pelas empresas Farol Empreendimentos e Participações S/A e Ypenge Projetos Florestais e Ambientais deve receber R$ 6,3 milhões até o final da revitalização
ENTENDA O CASO
O Complexo da Salgadeira foi interditado em setembro de 2010, em razão de uma série de irregularidades. Problemas referentes à disposição de resíduos a céu aberto, sistema de tratamento de esgoto tomado pela vegetação; ausência de gerenciamento de resíduos; presença de processos erosivos no estacionamento; ausência de licença ambiental; equipamentos de segurança e certificado do Corpo de Bombeiros vencidos; e tubulações de esgoto de pia de cozinha em drenagem pluvial.
Foi constatado ainda que todos os empreendimentos existentes no complexo turístico estavam situados em área de preservação permanente, dentro da faixa de 50m ao longo do curso d´água. Além disso, não foi apresentado contrato de concessão de uso do espaço para os restaurantes explorarem local.
Uma decisão judicial interditou o local e estabeleceu que o Estado deveria apresentar projeto de revitalização que contemplasse a recuperação das áreas degradadas, o ordenamento territorial, a regularização das atividades e o uso racional dos espaços pelos turistas.