Esportes

Revista Veja elogia Arena, mas classifica obras no entorno como ‘desoladoras’

 
Assim como já o fez o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, a publicação alega que as inúmeras obras inacabadas em Cuiabá são fruto da falta de planejamento do Estado. 
 
“Se a Arena Pantanal faz sua parte para receber os quatros jogos programados da Copa do Mundo, a cidade não colabora. O entorno do estádio é desolador. Para chegar ao local, é preciso primeiro superar uma espessa poeira laranja, resultado das obras nas ruas de acesso”, diz trecho da reportagem. 
 
Não faltaram críticas também em relação as obras do Veículo Leve sobre Trilhos, que embora prometidas para antes do Mundial, só devem ficar prontas em 2015. “O Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), propagandeado para ser entregue antes da Copa, ainda é só um esboço”.
 
Confira reportagem na íntegra: 
 
A Bola rola no Pantanal
 
Novo estádio de Cuiabá não decepciona, mas as obras no entorno escancaram a falta de planejamento às vésperas da Copa
 
Quatro anos depois, a Arena Pantanal, sede de Cuiabá na Copa do Mundo, está pronta. Ou quase. O estádio, que começou a ser erguido em 2010 no lugar do antigo Verdão e custou R$ 519,4 milhões de reais, já pode ser considerado a nova casa do futebol mato-grossense, mas ainda requer reparos.
 
De fora, a Arena chama a atenção pela simplicidade. A arquitetura do equipamento é retangular, envolta por uma fachada verde. Do lado de dentro, a casa cuiabana do Mundial também apresenta poucas ressalvas. 
 
A visão do campo de jogo é toal de qualquer ponta da arquibancadas. Mas, no primeiro "evento-teste" da Arena em abril, 20 000 dos 44213 lugares estavam interditados, pois as cadeiras ainda não haviam sido instaladas. O problema foi solucionado em maio.
 
Se a Arena Pantanal faz sua parte para receber os quatros jogos programados da Copa do Mundo, a cidade não colabora. O entorno do estádio é desolador. Para chegar ao local, é preciso primeiro superar uma espessa poeira laranja, resultado das obras nas ruas de acesso.
 
Algumas vias nem asfalto tem. A iluminação pública nos arredores também é precária. Sair do estádio à noite em busca de táxi ou ônibus é tarefa das mais espinhosas. O Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), propagandeado para ser entregue antes da Copa, ainda é só um esboço.
 
Assim como ocorre em Manuaus, A Arena Pantanal deve penar com a subutilização após a Copa. Pouco expressivo, o campeonato mato-grossense não bancará os altos custos de manutenção do estádio. O clássico local, entre Misto e Operário, tem média de público de 3 mil pessoas, embora seja realizado em um estádio de menor capacidade, o Presidente Dutra.
 
Como manter, então, a Arena Pantanal caminhando com suas próprias pernas? Maurício Guimarães, secretário da Secopa em Mato Grosso, disse que o lugar já foi concebido para ser um espaço multiuso. 
 
“A empresa que vier a ser escolhida como concessionária terá a oportunidade de realizar shows e eventos institucionais. O projeto é que a Arena seja autossustentável”.
 
Segundo Guimarães, as instalações externas do estádio terão grande serventia como o carão postal de Cuiabá. “O entorno da Arena está em processo de revitalização. A uma área de lazer que receberá um restaurante e duas choperias, dois lagos artificiais, e um jardim suspenso.” 
 
E o futebol pode voltar a marcar presença por ali. O Santos negocia a realização de dois jogos no estádio.
 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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