Por Sargento PM Laudicério Machado
Nos últimos anos as “saidinhas” de presos têm sido motivo de preocupação crescente, à medida que casos de crimes cometidos por detentos durante esses períodos soltos é cada vez mais comuns. Somos favoráveis a aprovação de medidas mais rigorosas para restringir essas saídas, destacando a necessidade urgente de proteger a sociedade contra a reincidência criminal e a impunidade.
É inegável que uma parcela significativa dos presos que saem temporariamente dos presídios durante as “saidinhas” cometem crimes nesse período. Diversos são os relatos de assaltos, homicídios e outros delitos.
Além dos crimes cometidos durante as saidinhas, muitos presos simplesmente não retornam às unidades prisionais no prazo estabelecido, o que cria um cenário de impunidade, onde indivíduos condenados conseguem escapar das consequências de seus atos.
As vítimas de crimes cometidos por detentos durante as saídas temporárias enfrentam um duplo trauma: primeiro pelo crime em si, e depois, pela sensação de injustiça ao verem os criminosos temporariamente livres. Restringir essas saídas é um passo crucial para proteger o bem-estar das vítimas e de toda sociedade.
Os deputados federais Coronel Assis e Coronel Fernanda que votaram contra as “saidinhas” de presos merecem elogios pela postura firme e responsável. Suas vivências como policiais militares proporcionaram uma perspectiva única sobre a realidade do crime, do criminoso e da Justiça Criminal brasileira. Eles compreendem profundamente os riscos que os criminosos representam quando estão em liberdade, especialmente durante as saidinhas.
Ao votar contra essas saídas temporárias, esses deputados demonstraram um compromisso genuíno com a segurança pública e o bem-estar da sociedade. Reconheceram a importância de manter os detentos sob custódia para evitar reincidências e proteger os cidadãos de bem. Sua postura reflete uma abordagem proativa e responsável na busca por soluções que promovam a justiça e a segurança de todos os brasileiros.
Diante do aumento alarmante da criminalidade durante as saidinhas de presos e da falta de cumprimento das condições estabelecidas, é evidente que medidas mais rigorosas são necessárias para proteger a sociedade e promover a justiça. É necessário restringir essas saídas e garantir o cumprimento efetivo das penas, e respeitar os direitos das vítimas.
Sargento PM Laudicério Machado é presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros de Mato Grosso e presidente do Conselho Fiscal da Federação Nacional de Praças
Foto de capa: Akira Onuma/Ascom Susipe