Alvos dos protestos por ter patrocinado a votação das modificações do pacote anticorrupção que permitiam a punição por juízes e promotores, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defenderam publicamente a legitimidade das manifestações de rua.
“O presidente do Senado, Renan Calheiros, entende que as manifestações são legítimas e, dentro da ordem, devem ser respeitadas”, diz o texto. O peemedebista acredita ainda que, à semelhança do que houve em 2013, quando no auge das manifestações o Senado votou propostas contra a corrupção, mais uma vez o Senado está “sensível às demandas sociais”.
O presidente da Câmara, por sua vez, disse que a Casa recebeu “com atenção” os protestos. Considerou-as numa nota curta legítimas e democráticas. Na sua avaliação, manifestações, em caráter pacífico e ordeiro, servem para oxigenar a jovem democracia brasileira e fortalecer o compromisso do Poder Legislativo com o debate democrático e transparente de ideias.
O líder do PSD, Rogério Rosso (DF), defendeu que a Câmara precisa focar nas pautas econômicas como resposta aos protestos. Rosso considera que a Casa precisa dar prioridade às reformas previdenciária, tributária, trabalhista e política. “Precisamos ter o equilíbrio e humildade necessários para entender o momento que vivemos no Brasil e dar eco no Congresso. Precisamos ouvir as ruas – o recado é muito claro”, afirmou o parlamentar ao Broadcast Político.
Questionado se a Câmara deveria fazer um “mea culpa” sobre as modificações feitas no projeto das 10 Medidas Anticorrupção, Rosso avaliou que “os senadores, como revisores da matéria, precisam dar essa resposta”. O líder destacou que votou a favor do relatório do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).
Fonte: Estadão