Um relatório do Serviço de Prevenção e Controle de Infecção do Hospital Estadual Santa Casa apontou que dos cinco pacientes que estavam infectados pela bactéria Klebsiella pneumoniae, um obteve alta médica, um faleceu por causa não relacionada à bactéria e três óbitos ainda estão sob investigação.
O documento ressalta que os pacientes eram prematuros de alto risco e apresentavam outras doenças de base. Os casos só foram identificados devido à atuação e rigorosidade do serviço de Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar da unidade, que é composto por dois médicos infectologistas, duas enfermeiras e dois técnicos de enfermagem.
Este núcleo age em medidas que buscam mitigar infecções no hospital, como: orientação de isolamento de contato, desinfecção de ambiente, orientação quanto à higienização das mãos, monitoramento dos produtos utilizados para higiene e limpeza, além de treinamentos.
Conforme explica a médica infectologista do Hospital Estadual Talita Arruda, as medidas para a contenção da situação foram tomadas com o amparo dos setores de Vigilância.
“A situação registrada no Hospital Estadual Santa Casa foi resolvida e controlada. Temos convicção de que todas as medidas necessárias ao controle da situação foram tomadas”, disse.
A especialista ainda aponta que, conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as infecções relacionadas à assistência à saúde afetam mais de 30% dos neonatos. No Brasil, estima-se que 60% da mortalidade infantil ocorra no período neonatal, sendo a sepse neonatal uma das principais causas apontadas pelo Sistema de Informação de Mortalidade (SIM).
“Esse é um episódio triste para todos nós e ele se enquadra dentro da estatística nacional. É preciso reforçar que os pacientes receberam toda a assistência médica necessária, assim como todas as medidas de contenção foram tomadas pelas equipes técnicas”, concluiu a médica.