Política

Relatório aponta aumento na Receita Tributária, mas gasto excessivo com pessoal

Foto – José Medeiros/Gcom MT

O Relatório de Gestão Fiscal do 3º Quadrimestre de 2014, sob responsabilidade da gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) foi apresentado nesta terça-feira (28) na Assembleia Legislativa pela equipe da Secretaria de Fazenda (Sefaz MT). Apesar de a Receita Tributária ter aumentado 18,3% de janeiro a dezembro de 2014, passando de pouco mais de R$ 7 bilhões para R$ 8,3 bilhões, alguns apontamentos no documento preocupam a atual gestão, tais como as despesas com pessoal.

De acordo com os dados do governo, no ano passado, o Executivo atingiu aproximadamente R$ 6 bilhões, ultrapassando o limite de alerta de 90% em relação à Receita Corrente Líquida (RCL). Já o Legislativo alcançou R$ 186,3 milhões, superando o limite prudencial de 95% em relação a RCL. O relatório aponta, ainda, que as despesas do Estado aumentaram 8% de 2013 para 2014, passando de R$ 12,7 milhões para R$ 13,7 milhões. 

O déficit previdenciário, que fechou o ano em R$ 594,8 milhões, também foi destacado durante a apresentação, contando com R$ 444,6 milhões de aporte de recursos do Estado para o Regime Próprio de Previdência dos Servidores.

Dividas e restos a pagar

O superintendente da Sefaz Renato Silva de Sousa, que realizou a apresentação dos dados na audiência, voltou a ressaltar um tema já anunciado tanto por Pedro Taques (PDT) quanto pelo secretário da Sefaz, Paulo Brustolin, que desde o inicio do mandato afirmam que Mato Grosso tem R$ 912,2 milhões de restos a pagar deixados pela administração passada. Além disso, o relatório mostra que a dívida do Estado saltou de R$ 5,6 bilhões em 2013 para R$ 6,5 bilhões (20% dolarizada) em 2014. 

Souza afirma que isso contribuiu para um resultado primário negativo de R$ 335 milhões, que significa a diferença entre receitas e despesas primárias, excluindo ganhos com aplicações financeiras e juros nominais devidos.

FEX 

O documento traz a evolução anual do Fundo de Apoio à Exportação (FEX), sendo que no ano passado o Estado não recebeu nada. O secretário de Fazenda, Paulo Brustolin, foi a Brasília juntamente com o governador Pedro Taques para cobrar cerca de R$ 400 milhões de recursos que deveriam ter sido repassados a Mato Grosso em dezembro. (com assessoria)

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Política

Lista de 164 entidades impedidas de assinar convênios com o governo

Incluídas no Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim), elas estão proibidas de assinar novos convênios ou termos
Política

PSDB gasta R$ 250 mil em sistema para votação

O esquema –com dados criptografados, senhas de segurança e núcleos de apoio técnico com 12 agentes espalhados pelas quatro regiões