A CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação) indeferiu o relatório do deputado Wilson Santos (PSDB) de deferimento de apenas dois concorrentes ao cargo de conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado). O parecer do parlamentar foi rejeitado por três dos cinco membros da comissão – Silvio Fávero (PSL), Romoaldo Junior (MDB) e Dr. Eugênio (PSB) e agora segue para definição no colégio de líderes.
A votação da comissão coloca novamente na lista dos concorrentes os outros quatro indicados, que tinham sido indeferidos por falta de documentos exigidos pelo rito de escolha. A maioria deles é deputado estadual – Dilmar Dal Bosco (DEM), Sebastião Rezende (PSC), Max Russi (PSB), e o contador Luiz Márcio de Barros. Eles devem somar ao deputado Guilherme Maluf (PSDB) e ao juiz Eduardo Calmon, os aprovados pela comissão jurídica do CCJR.
Dos seis candidatos a vaga do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), apenas as documentações do deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) e do juiz Eduardo Calmon foram aprovadas no relatório do deputado estadual Wilson Santos (PSDB), da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Ao final, a CCJ rejeitou o parecer do relator e os postulantes foram encaminhados para o Colégio de Líderes
As candidaturas de Dilmar Dal’Bosco (DEM), Max Russi (PSB), Sebastião Rezende (PSC) e do contador Luiz Márcio de Barros para disputa pela vaga de conselheiro do TCE foram indeferidas por falhas nos documentos apresentados.
O deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM) reclamou por ter sido reprovado no quesito domínio jurídico, econômico e contábil. Ele alegou que fecha diariamente a contabilidade de um banco e que esse é um dos fatores que o credencia a assumir a vaga no TCE.
Sebastião Rezende (PSC) fez um pronunciamento revoltado. Segundo ele, não faltou nenhuma documentação como alegou a relatoria.
Max Russi protestou contra o que chamou de imposição de apenas uma relatoria, quando, na sua opinião, cada candidato deveria escolher seu relator.
A deputada Janaína Riva, que junto a outros 10 indicaram o nome do deputado Max Russi, ameaçou entrar com mandado de segurança contra a comissão.
Wilson Santos, relator da matéria, afirmou que já "previa essa temperatura", referindo-se ao ânimo exaltado da reunião. "É uma disputa não só do candidato, mas dos partidos por um naco de poder".
Segundo o relator, a equipe técnica da comissão fez a conferência dos documentos. "Os que não apresentaram documentos completos foram indeferidos".
Dos 13 candidatos, sete não foram indicados por deputados e foram eliminados. Dos seis que tiveram indicações de deputados, quatro não apresentaram a documentação completa, em média de 30%, e somente dois candidatos perante a comissão técnica apresentaram a documentação completa.
Diante da reação dos candidatos indeferidos e de outros parlamentares, a CCJ rejeitou o parecer do relator e encaminhou os seis candidatos para o Colégio de Líderes.
"Nós vamos ao colégio de líderes saber, porque na minha opinião a matéria tem que voltar à comissão sobre pena do processo ficar viciado, maculado e lá na frente", pontou o relator.