Reunidos na Associação dos Sargentos, Subtenentes e Oficiais Administrativos e Especialistas da Polícia Militar e Bombeiro Militar Ativos e Inativos de Mato Grosso (Assoade-MT), lideranças desses profissionais falaram ao Circuito Mato Grosso sobre os motivos da mobilização que une diferentes setores da classe – de oficiais a soldados e cabos.
Major Wanderson Nunes, presidente da Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar de Mato Grosso (Assof-MT), afirmou que a principal reivindicação dos profissionais é a implantação de um plano de carreira militar, que contemple a nova realidade encontrada pelas corporações. Segundo ele, desde março de 2014 o governo estadual passou a exigir nível superior para o ingresso na área. Contudo, Wanderson afirma que a remuneração continua sendo de nível médio – em torno de R$ 2.600 para um soldado.
“Queremos dar continuidade à discussão do plano de carreira. Quando apresentamos a questão de promoção, nível de ingresso e salário, no começo do ano, o governo disse que não tinha recursos, discutindo apenas a promoção e o nível de ingresso”, diz ele.
De acordo com o major da Polícia Militar do Estado, a classe vem encontrando dificuldades em discutir melhores condições de trabalho. Afirmando que quatro ofícios já foram enviados ao governo estadual para tratar do assunto há mais e um mês – e que ainda não tiveram resposta – Wanderson diz que logo após a justificativa de falta de recursos, outros servidores públicos obtiveram aumento de salário, fazendo com que os policiais e bombeiros militares se sentissem “desprestigiados”.
“No início, quando nos disseram que não haveria dinheiro, aceitamos postergar a discussão. No entanto, logo após essas tratativas, outros servidores do Estado tiveram incremento no salário”, queixa-se.
Na mesma linha, para o vice-presidente da Assoade-MT, Jamil Amorim de Queiroz, outra liderança que falou ao Circuito Mato Grosso, a “intransigência do governo” vem dificultando a questão. Segundo o tenente, os profissionais vêm respeitando as etapas de negociação, apesar da falta de diálogo.
“Estamos nos pautando pela legalidade e respeitando todos os ritos de negociação com a corporação”, diz.