Obama diz que 'respeita decisão' de Reino Unido deixar a União Europeia (Foto: Carlos Barria/Reuters)
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta sexta-feira (24) em comunicado que respeita a decisão do povo britânico de deixar a União Europeia (UE) e afirmou que tanto o Reino Unido quanto a UE "vão continuar sendo parceiros indispensáveis dos EUA".
"Respeitamos sua decisão", afirmou Obama, em comunicado.
"A relação especial entre EUA e Reino Unido é duradoura e a filiação do Reino Unido à Otan continua sendo uma pedra fundamental da política econômica, exterior e de segurança dos Estados Unidos", destacou ainda.
Hillary
A provável candidata democrata à Presidência dos EUA, Hillary Clinton, também afirmou que respeita a decisão do Reino Unido de deixar a UE e disse estar compromissada em manter as relações norte-americanas com o Reino Unido e países europeus.
"Nossa primeira tarefa é garantir que a incerteza econômica criada por estes eventos não afete famílias trabalhadoras nos EUA", disse ela, em comunicado.
Trump
Em visita à Escócia, o virtual candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (24) que existem semelhanças entre sua campanha e a Brexit, que definiu a saída do Reino Unido da União Europeia.
"Vejo um paralelo real", disse Trump, em entrevista à imprensa em um campo de golfe de sua propriedade em Turnberry, sudoeste da Escócia.
"As pessoas querem recuperar seu país, querem a independência", afirmou.
Saída da UE
Em decisão histórica, os britânicos decidiram em referendo deixar a União Europeia (UE). A opção de "sair" venceu a de permanecer no bloco europeu por mais de 1,2 milhão de votos de diferença, em resultado divulgado por volta das 3h desta sexta-feira (24).
A apuração foi divulgada por áreas de votação e a disputa, bastante acirrada. O "sair" começou à frente e chegou a ser ultrapassado pelo desejo de continuar na UE, mas logo retomou a liderança e foi abrindo vantagem até vencer com quase 51,9% dos votos. Foram 17.410.742 votos a favor da saída e 16.141.242 votos pela permanência.
O referendo derrubou também o primeiro-ministro britânico, David Cameron. "Os britânicos votaram pela saída e sua vontade deve ser respeitada", afirmou o premiê, que deve deixar o cargo em outubro. Ele ponderou que o país precisa de uma nova liderança para levar a decisão adiante. "A negociação deve começar com um novo primeiro-ministro".
Oficialmente, o plebiscito não é "vinculante", ou seja, ele não torna obrigatória a decisão de sair do bloco europeu. Mas o futuro primeiro-ministro britânico dificilmente será capaz de contrariar a decisão da população. Parlamentares também podem bloquear a saída do Reino Unido, mas analistas consideram que isso seria suicídio político.
Fonte: G1