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Reforma da marquise do Ibirapuera atrasa e só vai acabar em dezembro

A reforma na marquise do Ibirapuera, que estava prevista para ser concluída neste mês, está atrasada e deve ser entregue só em dezembro. Além disso, o valor da obra, que inicialmente era de R$ 71,9 milhões, saltou para R$ 84,8 milhões, aumento de aproximadamente 18%. Com o reajuste para correção de inflação previsto em contrato, deve custar R$ 86,9 milhões aos cofres públicos.

Em entrevista ao Estadão, Samuel Lloyd, diretor da Urbia Parques, responsável pela obra, afirmou que a demora se deu por atraso em liberações por parte de órgãos de preservação patrimonial. “Desde agosto do ano passado, quando todos os processos foram finalmente protocolados, somente na quinta-feira passada (26 de junho), nós tivemos a aprovação total de que a gente pode seguir com a obra”, diz.

Segundo a Urbia, já foram feitos os reparos estruturais em toda a marquise do Ibirapuera com exceção da parte anexa ao Museu de Arte Moderna (MAM), que também dependia de trâmites para reforma e, por isso, está fechado. Falta reformar, além da parte estrutural próxima do MAM, partes estéticas, como instalações de forro, piso e pastilhas.

O reajuste financeiro no contrato, segundo ele, também foi provocado por novas exigências para a preservação, que divergiam do contrato inicial e só foram feitas recentemente. Isso porque, ao longo das obras estruturais iniciais, foram encontrados aspectos de reformas anteriores que não seguiam as características originais da marquise, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer na década de 1950. “Tinham camadas enormes de impermeabilizações antigas que tiveram de ser demolidas. E essa solução demandou maior esforço e nova relação de materiais, que são muito mais caros do que aqueles que estavam no escopo original.”

MAM

Por causa do fechamento do museu para as obras na marquise do Ibirapuera desde agosto de 2024, o Museu de Arte Moderna, que fica anexo à estrutura, enviou um documento à Secretaria do Verde e do Meio Ambiente cobrando indenização pela “perda de receitas”. O valor solicitado é de R$ 7,15 milhões.

Estadão Conteudo

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