Foto: Arquivo pessoal
Acontece neste dia 16 de maio, no Palácio da Instrução, em Cuiabá, a partir das 19h, evento que vai debater o tema “A Justiça verificadora no ambiente do direito da família” com foco na restauração da pessoa humana para reconstrução familiar. Não precisa de inscrição prévia e nem será cobrado taxa.
Fabiano Rabaneda, presidente Comissão de Direito de Família do Instituto de Advogados Mato-grossenses (Iamat), explica que o objetivo principal é falar sobre a “Justiça vivificadora”, que está ligada diretamente ao direito sistêmico.
“A constelação, criada na Alemanha, busca, principalmente, com que as pessoas tenham consciência de suas ações e do seu papel dentro da sociedade. A visão principal é que uma ação gera outras inúmeras ações. Então, quando você tem um problema, uma ferida, normalmente essa ferida te incomoda e você acaba repercutindo isso dentro do seu meio social”, observa o advogado.
E dentro do direito de família, prossegue Rabaneda, quando uma pessoa chega ao Direito Judiciário é porque ela não conseguiu resolver o seu conflito e precisa da ajuda do Estado para poder encontrar o seu sentimento de justiça. E muitas vezes o processo pode levar anos.
“Existe uma decisão de um terceiro que é o juiz e isso acaba interferindo na vida delas. E o fenômeno da Justiça vivificadora vem para empoderar essas pessoas para que elas, revendo a sua participação como ser humano, possam transcender o seu conflito e encontrar a felicidade”, acrescenta.
Rabaneba observa que ‘felicidade’ tem um conceito muito grande e que o direito à felicidade está ligado a aplicação de políticas públicas, mas no âmbito do direito da família é uma importante ferramenta de pacificação. “E é essa pacificação que buscamos por meio de eventos como este que vamos realizar nesta terça-feira”.
Também tem presença confirmada a desembargadora Clarice Claudino da Silva, representando o Tribunal de Justiça de Mato Grosso. A facilitadora em Círculos de Paz será Patrícia Angelini, mediadora de Conflitos e Negociação Assistida.
O juiz Jamilson Haddad, da Vara de Violência Doméstica e Familiar, é outro convidados do evento e tem bastante experiência no assunto. “Tenho desenvolvido dois projetos pioneiros na 1a Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá. Um deles é ‘Constelação Familiar com mulheres vítimas de violência doméstica’ e o ‘Projeto Esperança’ com homens que estejam respondendo a processos de violência doméstica”, detalha o magistrado.
São ações com visão e base no Direito Sistêmico. Segundo Jamilson Haddad, o efeito dessa abordagem é ampliado para as gerações presente e futura, buscando reconciliar o coração das pessoas, como também tratá-las para que consigam enxergar o problema e sair desse emaranhado emocional.
Jamilson Haddad já representou o Judiciário Nacional no Congresso Nacional onde defendeu a criação do Feminicídio como qualificadora no Código Penal que agora já faz parte de Estatuto Penal Brasileiro.