Sete horas de reprodução simulada do homicídio da adolescente Isabele Guimarães Ramos, 14, reforça tese de homicídio em detrimento da versão de disparo acidental, apresentado pela autora do crime em depoimento. O laudo elaborado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) deve ficar pronto em aproximadamente 10 dias.
Mas fontes da Polícia Civil apontam que a reconstituição confirma laudo de local de crime, que coloca vítima e adolescente de 14 anos no banheiro, cena do crime, em disparo frontal e a curta distância. Laudo pericial nas roupas que ela usava na hora do homicídio, e que foram trocadas após, também mostraram manchas de sangue humano, confirmando a proximidade da autora do disparo de Isabele.
A acusada não participou da reconstituição, por orientação médica. Mas os pais, três irmãos adolescentes e 2 namorados das menores integraram a reprodução simulada, acompanhados por psicóloga. Isabele e a autora do disparo foram representadas por dois policiais com características físicas semelhantes.
Durante a reconstituição, foram respondidos 22 quesitos, englobando toda movimentação realizada pelos envolvidos na noite de 12 de julho, para apontar a compatibilidade das versões apresentadas na investigação. Também foram realizadas as simulações com 3 disparos de arma de fogo.
Delegados da Delegacia Especializada do Adolescente e da Delegacia de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Cuiabá, além dos peritos oficiais, concluíram o trabalho à 1h40 da madrugada de quarta-feira (19).
