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Reconhecimento de paternidade socioafetiva emociona mutirão da Defensoria Pública em MT

Um ato de reconhecimento de paternidade socioafetiva emocionou participantes do mutirão “Meu Pai Tem Nome”, realizado neste sábado (16) pela Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso (DPEMT). Durante os atendimentos no Núcleo de Cuiabá, o analista Franklin Ramos da Silva, de 31 anos, oficializou no papel o vínculo com Waldirley Edson Kempfer, 52 anos, que o criou desde os dois anos de idade. O gesto selou juridicamente uma relação de amor e cuidado construída ao longo de quase três décadas.

O mutirão, que ocorreu em diversas comarcas de Mato Grosso, teve como objetivo facilitar o reconhecimento de paternidade de forma gratuita, acessível e humanizada. A iniciativa faz parte de uma campanha nacional coordenada pelo Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege) e busca garantir o direito à identidade e fortalecer vínculos familiares.

Entre os muitos atendimentos, o caso de Franklin e Waldirley chamou a atenção. “Eu amo muito e crio ele desde os 2 anos de idade. Eu que ensinei ele a dirigir, a pilotar moto. Então a gente se considera muito pai e filho. Ser pai do Franklin é maravilhoso, um aprendizado muito grande pra minha vida como pai”, contou o pai socioafetivo, casado há 24 anos com Andreia Chaves da Silva, mãe biológica de Franklin.

Andreia também destacou a profundidade da relação construída entre o filho e Waldirley. “Se tiver outra vida, eles dois foram pai e filho de sangue. Porque o amor que eles têm é de pai mesmo, não é só de padrasto ou de pai afetivo. É amor de pai mesmo, de sangue”, afirmou emocionada.

Ao longo da manhã, outras famílias também participaram de atendimentos para reconhecimento voluntário de paternidade, entrega de resultados de exames de DNA e conciliações. A defensora pública-geral, Luziane Castro, avaliou que a edição em Mato Grosso foi um sucesso, com cerca de 200 pessoas atendidas. Ela destacou ainda a inovação deste ano, com coleta de material genético de pessoas privadas de liberdade. “Independentemente de onde estejam, o papel da Defensoria é levar atendimento e garantir cidadania às pessoas em situação de vulnerabilidade”, disse.

A defensora pública Elianeth Nazário, que coordenou o mutirão em Cuiabá, ressaltou o aumento de casos de reconhecimento de paternidade socioafetiva nesta edição. Segundo ela, a participação ativa das famílias mostra a importância da presença paterna. “O pai na vida, no acompanhamento, no afeto, é fundamental. Se você não teve um pai, seja aquele que gostaria de ter tido. E se você teve um pai presente, procure ser um pouquinho melhor”, afirmou. Além de Cuiabá, o Dia D do mutirão também ocorreu em Várzea Grande, Cáceres, Pontes e Lacerda, Sinop, Nova Mutum e Barra do Garças.

joaofreitas

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