Política

“Recebi com bastante espanto”, diz Selma Arruda sobre suspensão da escolta

Ex-juíza e pré-candidata ao senado, Selma Arruda (PSL) contou ao Circuito Mato Grosso que recebeu “com bastante espanto” a notícia de que sua escolta armada fora revogada pela Comissão de Segurança do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). A decisão foi tornada pública na manhã desta segunda-feira (21).

“Já estamos recorrendo dessa decisão, e penso que ela deve ser revista. O engraçado é que o órgão técnico especificamente designado para avaliar esse tipo de risco, a Coordenadoria Militar do Tribunal, optou por não retirar minha escolta”, argumentou Arruda, por telefone, no final da tarde desta segunda. “Ainda assim, a comissão resolveu tirar [a escolta] de uma hora pra outra”.

A escolta armada, feita por policiais militares, é um benefício fornecido pelo judiciário a magistrados e ex-magistrados com potencial risco de atentados às vidas destes, de acordo com a avaliação dos tribunais de justiça e do comando de inteligência militar.

Essa decisão acontece dias após Selma Arruda criticar dura e publicamente seu substituto na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Marcos Faleiros, chamando-o de “leniente, garantista” e dado a “absolver fácil”. Perguntada diretamente se ela acha que ele teve algo a ver com isso, dado ser um dos membros da comissão de segurança do TJMT, ela foi lacônica: “não sei te dizer se isso tem a ver”.

Essa CS tem é presidida pelo desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha, que embasou a decisão de seu grupo sob o argumento de que a situação da magistrada mudou desde 2015, quando ela solicitou a escolta (ela chegou a ter nove guarda-costas), e o relatório da inteligência reavaliou o risco e apontou não existem ameaças reais identificadas contra a vida dela ou de sua família. Como já escrito, a juíza contradiz essa versão.

A CS também afirma que Arruda tem descumprido protocolos de segurança porque anda frequentando locais em meio a multidões. “Considerando que a juíza aposentada, pré-candidata ao cargo de Senadora da República, está utilizando a escolta para eventos políticos e outros compromissos particulares que violam as regras de segurança instituídas pelo protocolo de segurança, entendemos que seu pedido não merece prosperar”, diz trecho da decisão publicada pela jornalista Gabriela Galvão, no site O Livre.

“Portanto, não estando mais desempenhando suas funções de magistrada e não sendo constatado o efetivo risco à segurança dela e de sua família, entendemos que a escolta deve ser desmobilizada”, continua Galvão, citando o mesmo documento.

Redação

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