Onde você está preso? Uma das ações que aprendi com minha irmã Dorothy é que se eu atendi o telefone, o problema é meu, não precisa me perguntar se posso falar, e caso tenha pouco tempo informo quem me ligou. São ações no dia a dia que me infantilizam ou me fazem crescer, e isso também vale para o outro. Permitir que vissem se eu havia lido ou não a mensagem no whatsapp levou um tempo. Respondo quando posso e quando quero, isso também vale para o outro, aguardo o tempo dele e está tudo certo.
Ser mais direta ou não exige responsabilidade (habilidade de resposta) e maturidade. Ontem li um artigo que falava sobre escassez e cura. As nossas ações alimentam a cura ou a doença. “… Costumamos imaginar que essa ‘cura’ vem do ato de estar sempre ao lado, junto, dando e recebendo amor por toda a vida. Assim, dentro de nossos hábitos diários passamos a fazer isso. Os cafés são mais longos, as conversas mais demoradas, o convívio mais intenso. (…) O que a maioria de nós esquece é que após tomarmos de bom grado o que nos é oferecido, devemos seguir. E é aí que está o problema. Após tomar, continuamos querendo…Tomar, receber, ganhar, seja amor, afeto, carinho.
Assim, continuamos a ser, na prática, crianças, embora agora felizes, crianças. …Assim pude perceber que aquilo que cabe a nós após tomar o que é oferecido é seguir. Nos tornar adultos e responsáveis pela nossa vida. … Enquanto não formos capazes de curar nossa criança e seguir, enquanto continuarmos querendo tomar além do que nos é oferecido, pedir além do que nos cabe, continuamos infantilizados, vibrando na escassez de imaginar que ao sair de casa, ao seguir a vida, nunca mais teremos tanto amor, carinho, afeto e paz. Paramos novamente no tempo! Fazemos isso também ao não realizar nossos sonhos.
Temos medo de não conseguir. De falhar, de sofrer, de perder, de morrer. E continuamos vibrando em escassez. Consequentemente morremos, lenta e dolorosamente. De uma vez por todas, entenda: a abundância vem quando recebo na medida em que me é oferecido e sigo! Não se trata de abandonar, mas de crescer. Não se trata de não mais conversar, mas de saber que existe um mundo lhe esperando para novas conversas”. (André Mariga). Desejo que sejamos mais livres de tantos ‘quereres’.
Namastê.