Dois rapazes renderam um taxista na noite desta segunda-feira (20) na calçada do Shopping Goiabeiras, bairro Duque de Caxias, em Cuiabá (MT). Um deles foi imobilizado por seguranças do estabelecimento e entregue à Polícia Militar. O outro foi identificado por meio de um recado escrito num pedaço de madeira pela própria mãe na casa onde moram, localizada na comunidade Bandeira, bairro Sucuri.
Gabriel Leite Rodrigues, de 20 anos, deu informações de onde estaria o comparsa, identificado apenas como Welligton, que conseguiu fugir. Os policiais foram até a casa dele e encontraram um recado que o indicava como responsável por atirar em dois agentes socioeducativos na noite do último sábado (18). Os dois são agentes do sistema penitenciário e atuam no Centro Socioeducativo Pomeri. De acordo com informações da polícia, eles foram atingidos por bala de calibre 12 quando trafegava na região do Sucuri.
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O texto foi escrito por uma pessoas identificada como ‘Joana’ – provavelmente mãe de Wellington– e, dentre os dizeres, estava escrito que ela sabia que Wellington tinha atirado contra os agentes socioeducativos.
Passo a passo
Na noite desta segunda feira (19), Gabriel e Wellington teriam se encontrado na Praça Alencastro, em Cuiabá e foram até o cinema do Shopping Goiabeiras, Gabriel estava em posse de um simulacro – imitação de arma de fogo – e Wellington estava em com um revólver calibre 38.
De acordo com o B.O., eles assistiram o filme e, na saída, renderam um taxista fora do shopping. O motorista do taxi conseguiu se desvencilhar dos criminosos, que também correram, porém, Gabriel jogou o simulacro no chão e foi detido por seguranças do shopping, que o entregaram a Polícia Militar (PM).
O recado
Após ser detido, Gabriel indicou para a polícia a casa onde Wellington estaria. Ninguém foi encontrado na residência localizada na comunidade rural Bandeira, no bairro Sucuri na capital. Porém, na casa foi encontrado um texto escrito com giz, à mão, em um pedaço de madeira, o recado era direcionado a Wellington.
Dentre os dizeres do texto, assinado por “Joana” – provavelmente mãe de Wellington – estava a informação de que ela sabia que ele teria atirado contra os ‘PMs’. O B.O., lavrado na Central de Flagrantes, explica que os PMs seriam na verdade agentes socioeducativos.
Leia o texto na integra:
O texto estava escrito na frente e verso da madeira, os trechos ilegíveis não foram traduzidos e os erros ortográficos foram revisados.
“Wellington, sei que você mora aqui, sei o que você está passando, sei onde você mora, mas você não dá valor a sua família. Seu amigo é maior agora. Sei que você sabe como é morar na casa dos outros e sei que você atirou os PMs do carro e o dia que voltar pra casa vai conversar com …. (trecho ilegível)… Vou deixar um bilhete pra você …(trecho ilegível)…, mas se você estiver dormindo aqui, por favor não mecho mais em nada. Estou fazendo tratamento e indo no médico. Vou ficar uns 15 dias por aqui. Ass: Joana”