O corpo do menino de 11 anos foi achado no dia 14 de abril enterrado em um matagal na área rural de Frederico Westphalen, a cerca de 80 quilômetros de Três Passos, onde ele residia com a família. O menino estava desaparecido desde 4 de abril. Além de Edelvania, são acusados pela morte o pai do menino, Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, e Evandro Wirganovicz.Eles estão presos e respondem pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Nesta segunda, mais sete testemunhas de acusação devem ser ouvidas pelo juiz Marcos Luís Agostini sobre a morte de Bernardo. Vão depor à Justiça o casal Carlos e Juçara Petry, que tinha uma relação afetiva muito forte com o menino, a professora dele, Simone Muller, a ex-babá, Elaine Marisa Wentz – que relatou uma tentativa de asfixia da madrasta -, e a ex-secretária de Leandro, Andressa Wagner. Outras duas pessoas completam a relação.
Os advogados de Leandro Boldrini, pai do menino, chegaram sem falar com a imprensa. Eles afirmaram que só vão se manifestar nos autos do processo. Já o advogado de acusação, Marlon Taborda, que representa a avó de Bernardo, disse que vai pedir a reabertura do inquérito da morte de Odilaine, mãe da criança, que se suicidou, segundo a polícia. Vídeos divulgados nas últimas semanas mostram o pai de Bernardo falando ao filho sobre a morte da ex-esposa.
Hélio Sauer, advogado de Evandro, também conversou com a imprensa e informou que pediu à Justiça a soltura de seu cliente. "Não tem absolutamente nenhum envolvimento no crime. Não há elementos para manter ele preso", salientou Sauer.Já o advogado Demetryus Grapiglia, de Edelvânia, apontou que um novo depoimento da mulher irá apresentar outra versão da morte de Bernardo. Conforme ele, o menino morreu por acidente em uma superdosagem de medicação.
Um pequeno grupo com cerca de seis pessoas segurou cartazes e pediu por justiça na entrada do Fórum. Apesar da audiência ser do caso Bernardo, os manifestantes pediam explicações sobre a morte da universitária Bibiana Canova Zart, de 36 anos, assassinada em dezembro de 2013, em Horizontina.Aos jornalistas, serão permitidas gravações e fotos nos primeiros 15 minutos da audiência do caso Bernardo. O conteúdo, no entanto, não poderá conter áudio por determinação do magistrado. Depois do tempo estipulado, a imprensa poderá acompanhar os depoimentos, mas não será permitido qualquer tipo de registro.
G1