Plantão Policial

Rapaz torturado e morto deixou facção e virou informante da Polícia Civil

Criminosos mataram Enderson Júlio da Silva Leite, o 'Dingo', de 23 anos, após descobrirem que ele estava atuando como informante da Polícia Civil. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (20) pela equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que deflagrou uma operação para prender os suspeitos, porém, eles não foram encontrados. Os suspeitos seriam membros da facção Comando Vermelho.

Segundo o delegado Caio Albuquerque, são 4 pessoas responsáveis pelo assassinato. Eles serão indiciados até o fim do inquérito por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e integração de organização criminosa. Para o delegado, o fato de eles não terem sido presos não afeta o andamento da investigação. 

"A autoria dos 4 foram individualizadas e mesmo os mandatos de prisão não terem sidos cumpridos hoje, não dificulta em nada a investigação, as provas já estão bem avançadas. Esse seria até o momento deles confessarem. Caso não forem presos, o inquérito caminhará para o fim e todos serão seguramente indiciados", explicou.

Motivação

Conforme Albuquerque, a morte está relacionada com o fato da vítima ter deixado a facção criminosa. Depois disso, ele passou a ser colaborador da polícia em investigações. Dentro da disciplina da facção, o ato é considerado uma traição, que resulta nos 'salves' e nas execuções.

Dingo foi sequestrado em sua residência, no bairro São Benedito, em Várzea Grande, morto por estrangulamento e teve seu corpo ocultado. Sete dias depois, a investigação localizou o cadáver em decomposição na região do Formigueiro.  

Para o delegado, a maneira com que os criminosos mataram a vítima foi com o objetivo de não deixar vestígios para que o crime não fosse desvendado pela polícia. "Ele foi morto com um estrangulamento no pescoço com objetivo de dificultar o trabalho da polícia, pois não deixa vestígios. Mas, o fato não impediu que o crime fosse descobertos e autoria revelada", pontuou.

As investigações apontam ainda que, no dia 13 de maio de 2021, após sequestrarem Dingo, no período da tarde, os suspeitos foram atrás do seu irmão, onde câmeras de monitoramento revelaram uma clara tentativa de 'execução' com emprego de arma de fogo.

Um jovem foi atingido no rosto e uma criança na perna. Já no começo do ano de 2022, um amigo da vitima também teve o carro alvejado.

Redação

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