Eu sei, eu sei.
Faz tempo que não te escrevo.
Uns 35 anos, mais ou menos, então pode preparar que tem muita coisa acumulada. Primeira coisa: queria que eu e minha trupe víssemos meu médico Ivens apenas nos eventos culturais. Gostaria que a gente deixasse de falar um pouco de respeito e amor, e colocássemos em prática. Queria, de verdade, que os livros fossem mais interessantes que celulares, que investíssemos em ciência não em consumo, adoraria que o Trump não brincasse de War e aperte aquele botão vermelho.
Sei que ainda tenho mais créditos, Noel.
Fica tranquilo que não vou abusar muito das suas renas. Faça com que os políticos da terrinha finalmente façam algo em prol do bem comum. Se desse para parar de chover porque aqui em casa está cheio de goteira. Que a atendente de telemarketing que me cobra todo dia não me ligasse mais às 7 da matina. Peço a Papai do Céu e reforço ao senhor que tenha bastante trabalho para poder pagar minhas contas ( e algumas cervejinhas). Que eu tenha mais paciência e que Deus me use como instrumento. Peço também para vocês Dois que deem um beijo no meu Coroa, aí no Paraíso. Que meu filho Chico nasça com plena saúde, que Joãozinho continue sendo essa criança iluminada, que Maria Flor continue sendo carinhosa como sempre foi. Se não for pedir muito, gostaria que minha avó faça mais aniversários, quero que minha mãezinha ganhe na loteria e minha companheira, Flor, continue sendo como ela é: guerreira, parceira, Brothers in arms.
E por último, mas não menos importante,
eu queria muito que o Inter não caísse pra segunda divisão.
