Essas foram algumas das declarações dadas no final da tarde desta terça-feira (27), pelo procurador geral da Justiça, Paulo Prado, após denúncias dando conta de que 47 membros do Ministério Público do Estado (MPE-MT) teriam recebido dinheiro fruto de um esquema de lavagem de dinheiro, alvo de investigação da Polícia Federal na Operação Ararath.
Visivelmente irritado, Prado explicou que as planilhas encontradas na casa do ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes, onde constam nomes e valores pagos a membros do MPE, referem-se a cartas de crédito pagas aos promotores ou procuradores do Estado, em compensação a períodos de férias não gozadas pelos profissionais.
“Essa baderna que foi veiculada refere-se a cartas de créditos, são servidores públicos que o Estado não tinha condições de pagar e negociavam no mercado com deságio de 25% e o pagamento foi parcelado em 12 vezes, sem correção monetária (…) Nessa lista, existem procuradores, promotores de Justiça com mais de 30 anos de Ministério Público que não tiravam férias e que o Estado não tinha como indenizá-los”, justificou Prado.
Ainda durante a coletiva, Prado alegou que não irá permitir que ele e outros membros do MPE sejam classificados como integrantes de instituições criminosas. “Leiam o nome dessas pessoas que aparecem na lista, são pessoas que enfrentam através de ação civil pública, de ação penal todo o tipo de senhores e senhoras do poder deste Estado, para depois de forma leviana e irresponsável verem seus nomes jogados na lama”, salientou o procurador.
Prado assegurou também, que todas as cartas de crédito pagas aos membros do MPE têm origem legal e estão completamente documentadas.
Quando questionado sobre o motivo dessa planilha ter sido encontrada em posse do ex-secretário Eder Moraes, Prado alegou: “acredito que na qualidade de secretário de Fazenda ele tenha a lista e todos os servidores que negociavam as cartas de crédito para que depois fosse dado baixa”.
Por fim, ele negou MPE tenha sido beneficiado com o esquema de lavagem de dinheiro e rechaçou a possibilidade de os membros do MPE, bem como a instituição, estarem em suspeição em decorrência das investigações da Operação Ararath.
Confira trecho da coletiva
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