Chega a ser cômico ler certas notícias em que os que não sabem cobram dos seus subordinados, competência, eficiência e ética no cumprimento das suas funções públicas.
Vivemos em um imenso circo. Tudo é válido quando se veste a fantasia da transparência e do conhecimento.
Somos os grandes palhaços deste Brasil do faz de conta. Os nossos governantes quase sempre nada sabem. Nada veem e nada ouvem. E, quando sabem alguma coisa, nada falam.
E os plantonistas de poder cada vez ficam mais audaciosos, praticando todo tipo de comportamento antirrepublicano.
Usam a mentira, pois sabem que neste país prevalece a lei do Gerson.
A bugrada, em silêncio, abana o rabinho de tanta satisfação.
Os indicadores econômicos e sociais recentes indicam um país em perigo de catástrofe.
A publicidade oficial tenta esconder o óbvio com a falação do surgimento de uma nova classe média, cujo sinal de ascensão é a de viajar de avião.
Os mais otimistas deliram com a gastança dos brasileiros em terras estranhas.
No ano passado fomos o país que mais gastou em turismo internacional, e Nova York passou a falar português.
Grande vitória do nosso artificial modelo econômico.
É proibido falar no fracasso da nossa educação, do fiasco da nossa saúde pública, no aumento do desemprego, pois logo somos rotulados de golpistas.
Os que não sabem, continuam governando esta nação e cobrando resultados que nunca aparecem e, quando aparecem, estão tão maquiados que não os reconhecemos.
Leiam o INFORME PUBLICITÁRIO que o governo lançou como presente de início de ano dando notícias das Organizações Sociais na gerência dos hospitais regionais e as nossas maravilhosas rodovias.
Quem não conhece a fundo a dura realidade, até acredita que tudo melhorou, e ficam felizes.
Infelizes são aqueles que sabem!
Gabriel Novis Neves