Emanuel Pinheiro (PMDB) não esboçou nenhuma reação de ameaça ao ser questionado sobre a “CPI do Paletó”. Segundo o prefeito, “quem não deve não teme”, frase dita um dia depois da Câmara de Cuiabá ter recolhido dezoito assinaturas para compordo procedimento investigatório, inclusive, com aval de membros da base do próprio governista, num total de 12 vistos.
Assinaram o pedido para instalação da CPI na Câmara de Cuiabá Marcelo Bussiki (PSB), Dilemário Alencar (PROS), Felipe Wellaton (PV), Elizeu Nascimento (PSDC), Sargento Joelson (PSC), Diego Guimarães (PP), Gilberto Figueiredo (PSB), Abílio Brunini (PSC), Toninho Souza (PSD), Adevair Cabral (PSDB), Luis Claudio (PP), Chico 2000 (PR), Paulo Araújo(PP), Marcrean dos Santos (PRTB) , Misael Oliveira Galvão (PSB), Juca do Guaraná Filho (PTdoB), Orivaldo da farmácia (PRP) e Ricardo Saad (PSDB).
Apesar de ter a autorização em mãos, o vereador Marcelo Bussiki (PSB) – que é o autor do pedido da comissão – garantiu que o requerimento será oficializado na próxima sessão plenária de terça-feira (15), e que o presidente da Casa terá 48 horas para publicá-lo.
“O presidente da Câmara, Justino Malheiros (PV), terá prazo de 48 horas para publicar a resolução de instalação da CPI, independente de se aprovar ou não, agora que temos as nove assinaturas necessárias, conforme lei, para abrir a investigação”, afirmou.
Emanuel foi visto em um vídeo divulgado pelo comparsa do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Silvio César Corrêa, na delação considerada “monstruosa” pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux. Na época deputado, Pinheiro aparece recebendo maços de dinheiro do ex-chefe de gabinete e chega a colocar alguns no paletó em que estava vestido. O dinheiro seria suposta “propina” paga aos membros de uma organização criminosa. No entanto, os fatos levantados ainda estão sendo apurados.
Depois do vazamento das imagens, a opinião pública passou a tecer duras críticas ao gestor municipal e alegando pressão e cobrança, os vereadores decidiram tomar posicionamento. Se instalada definitivamente na semana que vem, a CPI terá um prazo de 90 dias para apresentar a primeira fase dos trabalhos, caso contrário ela ainda poderá ser prorrogada pelo mesmo período.
O peemedebista por sua vez, afirmou que vai enfrentar com naturalidade o processo, por causa da independência dos Poderes, mas que sua governabilidade não pode ser atrapalhada e respingar de tal forma no município.
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