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Queda em Alimentação e Bebidas interrompe 9 meses consecutivos de altas no IPCA-15

A queda no gasto das famílias brasileiras com alimentação e bebidas em junho sucedeu uma sequência de nove meses consecutivos de altas. O grupo Alimentação e Bebidas saiu de uma elevação de 0,39% em maio para um recuo de 0,02% em junho, resultando numa contribuição nula para a taxa de 0,26% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) neste mês, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A alimentação no domicílio diminuiu 0,24% em junho. Ficaram mais baratos o tomate (-7,24%), ovo de galinha (-6,95%), arroz (-3,44%) e frutas (-2,47%). Na direção oposta, houve aumentos na cebola (9,54%) e no café moído (2,86%).

A alimentação fora do domicílio aumentou 0,55%. A refeição fora de casa subiu 0,60%, e o lanche avançou 0,32%.

Habitação

De acordo com o IBGE, os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma elevação de 0,67% em maio para um aumento de 1,08% em junho, uma contribuição de 0,16 ponto porcentual para o IPCA-15 deste mês.

A energia elétrica residencial subiu 3,29% em junho, item de maior impacto individual sobre o IPCA-15 do mês, uma contribuição de 0,13 ponto porcentual. O resultado é consequência da entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha patamar 1, com a cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100kwh consumidos.

O IBGE acrescenta que também foram apropriados reajustes tarifários de 7,36% em Belo Horizonte em 28 de maio, de 3,33% em Recife em 29 de abril, de 2,07% em Salvador a partir de 22 de abril e queda de 1,68% em Fortaleza em 22 de abril.

A taxa de água e esgoto subiu 0,94% em junho, impacto de 0,02 ponto porcentual, devido a reajustes de 9,88% em Brasília em 1º de junho, de 3,83% em Curitiba em 17 de maio, de 9,98% em Recife a partir de 26 de abril e de 6,58% em uma das concessionárias de Porto Alegre a partir de 4 de maio.

O gás encanado aumentou 0,13%, devido ao reajuste médio de 0,77% no Rio de Janeiro desde 1º de maio.

Transportes

Segundo o IBGE, os preços de Transportes subiram 0,06% em junho, após queda de 0,29% em maio.

O grupo deu uma contribuição positiva de 0,01 ponto porcentual para o IPCA-15, que subiu 0,26% no mês.

Os preços de combustíveis tiveram queda de 0,69% em junho, após avanço de 0,11% no mês anterior.

A gasolina caiu 0,52%, após ter registrado alta de 0,14% em maio, enquanto o etanol recuou 1,66% nesta leitura, após alta de 0,54% na última.

Saúde e Cuidados Pessoais

O IBGE informou ainda que os gastos das famílias brasileiras com Saúde e Cuidados Pessoais passaram de uma elevação de 0,91% em maio para um aumento de 0,29% em junho, uma contribuição de 0,04 ponto porcentual para o IPCA-15 deste mês.

Houve pressão dos aumentos nos planos de saúde, avanço de 0,57%.

O subitem foi responsável pela segunda maior contribuição individual para a inflação do mês, 0,02 ponto porcentual, ao lado de café moído, ônibus urbano, taxa de água e esgoto e refeição fora de casa.

Vestuário

Os gastos das famílias brasileiras com Vestuário passaram de uma elevação de 0,92% em maio para um aumento de 0,51% em junho, uma contribuição de 0,02 ponto porcentual para o IPCA-15 deste mês, informou o IBGE.

Houve pressão dos aumentos nas roupas femininas (0,66%) e nos calçados e acessórios (0,49%) em junho.

Estadão Conteudo

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