Mix diário

Queda de ponte lançou 76 t de ácido em rio

Três caminhões que transportavam 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, caíram no Rio Tocantins com a queda da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira no domingo, de acordo com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). A contaminação dificultou os trabalhos de resgate, que passaram a contar com mergulhadores da Marinha. Até agora, seis vítimas foram localizadas.

O corpo de uma criança de 11 anos foi achado ontem por um civil, que informou as equipes de resgate.
Outras vítimas localizadas foram um homem de 42 anos e um mulher, de 45. A morte de uma mulher de 25 anos já havia sido confirmada no dia do rompimento da estrutura. Mas há 12 desaparecidos, incluindo 2 crianças e o motorista do caminhão que transportava ácido sulfúrico.

A ponte de 533 metros, sobre o Rio Tocantins, que liga Aguiarnópolis (Tocantins) e Estreito (Maranhão), cedeu parcialmente, atingindo, ao todo, dez veículos, entre carros, caminhões e motocicletas O Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão informou que as buscas pelos demais desaparecidos “continuam intensas” e a Marinha do Brasil ajudará os trabalhos com mergulhadores, que foram mobilizados ainda ontem.

A solicitação de mergulhadores foi encaminhada via Ministério dos Transportes. As buscas chegaram a ser interrompidas por causa da presença do ácido sulfúrico, um produto químico corrosivo muito perigoso para a saúde humana. A ponte foi construída com estrutura de concreto armado e inaugurada em 1960. Faz parte de um eixo rodoviário importante para a Região Norte do País, por ser um ponto de travessia das Rodovias BR-226 (Belém-Brasília) e BR-230 (Transamazônica).

CAPTAÇÃO DE ÁGUA

Segundo a agência federal, por precaução, o Maranhão já orientou a suspensão da captação de água para abastecimento público nos municípios banhados pelo Rio Tocantins que ficam abaixo do desabamento no curso do rio, na direção em que a água flui, até que se determine que a pluma (massa) de contaminantes tenha se diluído e não ofereça perigo ao consumo da água.

Para avaliar a qualidade de água do rio, a ANA, com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão, coleta amostras de água em cinco pontos desde a barragem da usina hidrelétrica de Estreito até o município de Imperatriz. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), referência em verificação de qualidade de água no Brasil, vai ajudar nas análises.

De acordo com a ANA, 19 municípios podem ter sido afetados. São eles: Aguiarnópolis, Carrasco Bonito, Cidelândia, Esperantina, Itaguatins, Maurilândia do Tocantins, Praia Norte, Sampaio, São Miguel do Tocantins, São Sebastião do Tocantins, Tocantinópolis, Campestre do Maranhão, Estreito, Governador Edison Lobão, Imperatriz, Porto Franco, Ribamar Fiquene, São Pedro da Água Branca e Vila Nova dos Martírios.

Estadão Conteudo

About Author

Deixar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Você também pode se interessar

Mix diário

Brasil defende reforma da OMC e apoia sistema multilateral justo e eficaz, diz Alckmin

O Brasil voltou a defender a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC) em um fórum internacional. Desta vez, o
Mix diário

Inflação global continua a cair, mas ainda precisa atingir meta, diz diretora-gerente do FMI

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva disse que a inflação global continua a cair, mas que deve