Sob as bênçãos de Deus e as orações de algumas rezadeiras, com os cantos tristes dos sabiás, com muita fé, essa abundância de chuva de rosas irá exalar o perfume do amor. Nesta minha caminhada em algumas residências de famosas doceiras de doces caseiros, os tachos, os vidros tinindo de limpos, quando os frutos forem contemplados com a chuva para se transformarem nos saborosos doces regionais. As minhas amigas humildes doceiras tais como: Ritinha, Bugra, Dolores, Francina, Zelita, Balolina, Josefa, dentre outras famosas doceiras que fazem as delícias que adoçam a alma cuiabana e de alguns papa-finos de paladares apurados. Antigamente lá pelos bairros Baú, Lixeira e Araés, havia rezadeiras que saíam em procissão com o terço na mão, balde com água-benta, lavavam alguns cruzeiros espalhados nos bairros para cair a abençoada chuva. Que venha a chuva do caju, da manga, que reluz a beleza dos ipês que alivia os olhares humanos!
Bem dizia Dona Maria de Chico Boleiro, em época de eleições as grã-finas tratam os pobres com o maior carinho, vão às casas humildes à procura de votos, depois quando esse candidato se elege é “babau, colher de pau”. Durante esses anos que eu acompanho a política, o pobre é sempre usado para dar depoimentos, mostrar a sua imagem e usar a sua humilde casa, para ser palco de reuniões políticas. Engraçado: eu já presenciei fatos de pessoas que foram cabos eleitorais de político e quando foram até o gabinete levaram chá de cadeira. A falsidade das camadas altas, o gabinete que visa o poder ao abraçar essas pessoas humildes, usando-as com o prestígio para angariar votos. Antigamente, havia políticos que faziam a política com serenidade, tais como: Vicente Vuolo, Garcia Neto, Bezerra Neto, José Feliciano de Figueiredo, Augusto Mário Vieira, Emanuel Pinheiro, Maria Nazaré, Rochinha, Canelas e Gastão Muller, esses faziam da política amizades verdadeiras sempre visitando os eleitores e eleitoras dos bairros da Grande Cuiabá.
O sorriso brota da alma, principalmente quando ele é natural; já quando ele é forçado, é a coisa mais ridícula do mundo. Há sorrisos que encantam pela paz e amenizam qualquer situação desequilibrada. Neste mundo tão passageiro em que vivemos, há pessoas que perderam a expressão de sorrir, talvez haja um bloqueio tão grande no eu espiritual que o sorriso perdeu o encanto da vida, e muita gente vive com uma expressão emburrada. Vivemos um momento de transformações da beleza, algumas pessoas perderam a expressão de sorrir, com tantos procedimentos que passaram, os belos rostos perderam o encanto da beleza natural. Adoro gente que sorri com a alma: Maria Helena Póvoas, Thelma de Oliveira, Cássia Abdalla, Maria Avalone, Warner Willon, Gabriela Novis Pereira Lima, Lucimar Campos, dentre outras pessoas. O sorriso largo da professora Isabel Campos deixou a sua marca de encantos principalmente na política, onde as mulheres de vários candidatos a cargos majoritários deveriam seguir esse exemplo de humildade, carisma e simplicidade, principalmente com as pessoas humildes.