Olhando para 2016 me perguntei: o que mais quero em 2017? Eu, Iracema, quero mais pausas. Pausas externas e internas. Venho buscando parar fisicamente tem muito tempo, inicialmente parei com frases, escolhia uma frase que fizesse sentido e todos os dias parava para lê-la por uns minutos, a que ficou comigo por mais tempo e que me acompanha é a do Sartre “Não importa o que fizeram com você, o que importa é o que você faz com o que fizeram com você.”, essa frase me inspira e me fortalece.
E a sua frase qual seria? O que você quer mais em 2017? Neste ano que passou aprendi que criamos nosso dia TODOS os dias e eles nascem com o ritmo do nosso olhar. Se paro e olho esse dia no seu início, ele tem um ritmo mais lento, com mais olhares, sorrisos, respirações e conexões. Mas se ele nasce invisível, ele vem recheado de atrasos, culpas, respiração curta e choro contido. Todos os encontros humanos passam por esse ritmo e a nossa forma de olhar a vida também. Sabe o que aprendi também neste ano? Que a falta de pausas rouba sonhos. Ganhei de presente um caderno que tinha o título “Sonhos” quais são os seus?
Choquei. Deu branco. Eu tenho metas, não sonhos. Quando foi que parei de sonhar? Não consegui lembrar. Levei o assunto para a terapia. Pedi ao meu psicólogo que me desse um exemplo dos sonhos dele. Ele começou a descrever apenas um deles e me emocionei, eu tinha o mesmo sonho que ele mas eu não ousava sonhar mais. Resgatar os sonhos é uma forma de dizer sim à vida. Esse foi um dos insights que tive, a falta de parar rouba os sonhos, porque os sonhos moram dentro de nós, naquele encontro entre o silêncio e a respiração profunda. Gustavo Gitti diz que “De tempos em tempos, experimente aspirar algo capaz de chacoalhar o modo pelo qual estamos vivendo.” Isso é o que desejo a vocês, que 2017 lhes traga a oportunidade de resgatar alguns sonhos, e que venha com muito amor, saúde, sabedoria e sucesso. Namastê.