A polícia prendeu quatro pessoas suspeitas de extorquir um casal nessa quinta-feira (10), em Cuiabá, a mando de um agiota. As vítimas tiveram a liberdade cerceada pelos criminosos, sendo submetidas a horas de ameaças e violência moral.
As investigações iniciaram após o irmão da vítima procurar a polícia relatando que o irmão e a cunhada foram abordados em casa pelo agiota e a mulher dele, na companhia de outros quatro homens armados, que teriam ido até o local para cobrar uma dívida.
Na residência do casal, no Bairro Santa Cruz, os suspeitos passaram a fazer ameaças de violência física, além de realizar buscas por dinheiro, joias e a avaliação de bens que poderiam quitar a dívida, como duas motocicletas e um veículo da família.
Segundo a polícia, o agiota e a mulher dele estavam na casa acompanhando a ação dos suspeitos e a avaliação dos objetos que era feita por um gerente do grupo.
Durante a ação criminosa, as vítimas foram constrangidas a deixarem a própria casa e levados pelos suspeitos para um apartamento desocupado, na região do bairro Santa Rosa, que seria de propriedade do agiota.
No local, as vítimas sofreram grave violência moral, sendo ameaçadas de violência física não só contra eles, mas também contra as filhas e familiares, sob a alegação de que de alguma forma eles teriam que quitar a dívida.
Enquanto a ocorrência era registrada na polícia, a vítima entrou em contato com o irmão pedindo que ele buscasse a chave de uma residência do pai deles e o encontrasse no Bairro Cidade Verde, pois ele também entregaria o imóvel como forma de quitar a dívida com os criminosos.
A polícia monitorou o encontro dos suspeitos e das vítimas e confirmou a violência sofrida pelo casal que estava extremamente abalado com os momentos de terror vividos nas últimas horas.
Os quatro suspeitos que estavam com o casal no momento foram detidos e encaminhados à polícia, onde depois de interrogados pela delegada Juliana Palhares, foram autuados em flagrante pelo crime de extorsão qualificada pela restrição de liberdade das vítimas.
Depois foram encaminhados para a cadeia pública de Várzea Grande.
Três suspeitos possuem passagens criminais anteriores e um deles usava tornozeleira eletrônica.
O agiota e a mulher dele não foram localizados, mas foram identificados pela polícia que continuam com as investigações para esclarecimento do crime.