Cidades

Quase 180 mil famílias de Cuiabá estão endividadas, aponta estudo da CNC

Quase 180 mil famílias de Cuiabá fecharam setembro de 2023 endividados, aponta levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Mesmo com a ligeira alta (+0,6%) no comparativo com agosto último, o índice, que corresponde a, aproximadamente, 88% da população local, disparou 13,5 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior. Por outro lado, o percentual de inadimplentes caiu 1,4% e 5,5% nos recortes mensal e anual, respectivamente.

Conforme o estudo analisado pelo Instituto de Pesquisas da Fecomércio (IPF-MT), o grande responsável pelo sufoco na situação financeira dos consumidores segue sendo o cartão de crédito (86,8%). Mesmo com o corte na taxa Selic (atualmente em 12,75% ao ano), os juros do rotativo atingiram níveis alarmantes, com média de 445,7% ao ano – a maior alta entre todas as modalidades de dívida.

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, esse é o principal desafio para aliviar o panorama tanto para consumidores como para as empresas do comércio. 90% do varejo têm suas receitas provenientes de compras a prazo no cartão de crédito, pelo menos parcialmente. Isso reforça a necessidade da manutenção do parcelamento sem juros e evidencia a inclusão das pessoas de renda média e baixa no mercado de consumo.

Quem mais sofre com o cenário são os mais pobres. Isso porque o volume de despesas mensais chega a comprometer mais da metade da renda para 4 em cada 5 famílias que ganham até 10 salários mínimos.

Consumidor busca economia

A pressão sobre o orçamento tem levado os consumidores a buscarem alternativas mais baratas para adquirir produtos, inclusive no e-commerce. Estudo da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) indica que as compras realizadas por meio de sites estrangeiros ultrapassaram o volume de vendas das plataformas nacionais.

A mudança na preferência está relacionada à oferta de frete grátis e aos preços mais em conta. Existe uma concorrência desleal em favor das empresas estrangeiras porque grande parcela dos produtos que atravessam as fronteiras sem recolhimento de impostos de importação, tornando-os muito mais baratos se comparados aos nacionais. O varejo sente as consequências e não consegue competir, analisa o presidente da CNDL, José Costa.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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