Nesta terça (11), às 12h (horário de Brasília), Felipão dará uma prévia dos eleitos para a Copa ao anunciar os convocados para o amistoso contra a África do Sul, dia 5 de março, em Joanesburgo. Boa parte dos escolhidos estará na lista final do Mundial, a ser conhecida no dia 7 de maio.
Mesmo com quase todo o caminho andado, o treinador entra na reta decisiva da preparação com alguns dilemas. Lesões, mudanças inesperadas de clube, boas e más fases, novidades, enfim, uma série de fatores pode alterar os planos de Felipão e mudar um pouco a cara de sua "família" para a Copa.
Abaixo, a situação de alguns jogadores – ou posições – na véspera da última convocação antes da Copa:
FRED
O atacante do Fluminense não consegue se livrar das lesões. Com um edema na parte anterior da coxa direita, sofrido na última semana, ele está fora do amistoso de março. "Conversei com ele e vi que também está preocupado", disse o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira. "O Fred não é apenas um ponto de interrogação, são dois", afirmou Zagallo. Segundo o Globoesporte.com, a lesão do atacante é ainda mais grave, e o jogador corre sério risco de não se recuperar para o Mundial deste ano.
A BUSCA POR UM CAMISA 9
Se Fred preocupa, quem seria o seu substituto? Jô, que agradou na Copa das Confederações, aparece como o reserva imediato. No fim de janeiro, atuou no empate com o Minas Boca, sua 1ª e única partida no ano. Assim, Leandro Damião, que também esteve em campo apenas uma vez pelo Santos, e Luis Fabiano, irregular no São Paulo, são opções. Pato, que decepcionou quando chamado, Hernane Brocador, em grande fase no Flamengo, e Walter, que estreou com gol no Fluminense, estão na lista dos sonhadores. Dor de cabeça para Felipão.
EXCESSO DE MEIAS EM GRANDE FASE
O camisa 10, homem centralizado na armação da jogadas e capaz de compor espaços importantes quando o time não está com a posse de bola. No começo, foi um problema, mas Felipão conta hoje com uma dor de cabeça "positiva", já que o número de jogadores em boa fase para a posição é enorme. Oscar será convocado, será titular e será o 10, não há dúvida. Willian, seu companheiro no Chelsea, e Philippe Coutinho, em grande fase no Liverpool, podem sonhar. Kaká é outro que corre por fora também nessa posição. Aqui, só soluções.
JÚLIO CÉSAR
O goleiro voltou em janeiro, depois de nove meses afastado, na goleada por 4 a 1 que eliminou o Queen's Park Rangers da Copa da Inglaterra. Não entrou mais em campo. Na última semana, mesmo com o mistério do clube inglês, que não confirma a negociação, acertou com o Toronto FC, do Canadá. O caminho é semelhante ao trilhado por Taffarel em 1993: deixou o Parma, onde não atuava, e acertou com o pequeno Reggiana. Júlio César estará na Copa, mas a história com o tetracampeão será a mesma com o candidato a número 1 no hexa? O tempo e Felipão irão dizer.
MARCELO
O lateral-esquerdo assustou a comissão técnica da seleção ao deixar o campo ainda no primeiro tempo da vitória do Real Madrid sobre o Villarreal no último sábado. Ele tropeçou em um rival e saiu do gramado reclamando de dores nas costas. No entanto, o incômodo não deve ser problema para o jogador, que usou o Twitter para minimizar a gravidade. "Obrigado pelas mensagens. Estou muito bem e foi só um susto. Abraços a todos e que grande vitória", disse, no microblog. Neste domingo, ele até treinou no clube espanhol. Uma dor de cabeça a menos para Felipão.
OS ATACANTES LATERAIS
Não há a menor dúvida de que Neymar, Hulk e Bernard estarão na Copa. Fica a dúvida, quem sabe até para Felipão, sobre quem estará no banco de reservas. Robinho agradou quando foi lembrado. Lucas já foi um dos queridinhos na Seleção, mas perdeu espaço na Copa das Confederações. Até Kaká e Ronaldinho Gaúcho, que andam em baixa nas cotações dos eleitos para 2014, podem ganhar uma chance derradeira para mostrar que experiência e história com a camisa da seleção podem pesar antes da convocação decisiva.
UM BURACO NA ZAGA
Thiago Silva é homem de confiança. O outro titular será David Luiz. O primeiro reserva, Dante. Sobra um buraco na zaga. Aí, Felipão quebra a cabeça. Réver, assim como Jô, atuou em apenas uma partida no ano. Dedé tem mais ritmo, já que entrou em campo três vezes pelo Cruzeiro, mesmo número de jogos de Henrique, que trocou o Palmeiras pelo Napoli. Miranda, em alta no Atlético de Madri, soma 11 jogos em 2014, mas é quem corre por fora na disputa acirrada para tapar o buraco na defesa.
msn
