Imagens: NIO/Alto Araguaia
Seis pessoas foram presas na madrugada desta terça-feira (07), entre elas um menor de idade, quando furtavam 1 mil sacas de soja, em torno de 50 toneladas, de um pátio da ferrovia Rumo, município de Alto Araguaia (421km de Cuiabá), a cerca de 60 km do terminal.
Na hora do flagrante, 380 sacas de 50kg cada já estavam acondicionadas em dois caminhões e outras 620 já estavam prontas para serem carregadas. O prejuízo seria em torno de R$50 mil aos proprietários do produto.
No momento em que transportavam as sacas de soja para a cidade de Alto Araguaia foram surpreendidos pelos policiais os suspeitos Eliel Augusto do Nascimento, 42, Hugo Leonardo Moreira da Costa, 31, Janser Rodrigues Costa Junior, 29, Luiz Gabriel Aparecido dos Santos, 18, Kieferson Nunes, 19, Renato Oliveira Costa, 27, e o adolescente de 17 anos.
Todos foram autuados em flagrante por furto e associação criminosa, sendo que os maiores responderão também por corrupção de menores. O produto foi devolvido ao proprietário e os criminosos seguem detidos à disposição da Justiça.
Ao Circuito Mato Grosso, o delegado Carlos Roberto Moreira de Oliveira relatou que há trinta dias, desde que assumiu a delegacia de Alto Araguaia, vinha investigando este tipo de prática na região.
“Ontem fomos informados sobre o furto por um funcionário de uma empresa que presta segurança patrimonial à concessionária e nossos agentes saíram a campo e efetuaram a prisão dessas pessoas”, contou.
No momento do flagrante, os ladrões já havia ensacado 1.000 sacas de 50kg cada. Destas, 380 já estavam nos caminhões.
De acordo com o delegado, o furto de grãos já se transformou em endemia na região. “São associações criminosas extremamente organizadas, com divisão de tarefas realizadas por pessoas contratadas por intermediários que conhecem o mercado da soja”, relatou. Seriam funções como motorista, ensacador, carregador, transporte, intermediação entre outros.
Pelas investigações, a polícia de Alto Araguaia já sabe que a soja furtada é comercializada na própria região. “Existem as pessoas que compram o produto para transformar em ração, por exemplo”, antecipou o Carlos Oliveira, acreditando num grande retorno financeiro às quadrilhas.
O delegado Carlos Oliveira está há apenas um mês em Alto Araguaia. “Conheço este tipo de furto, é uma situação endêmica e me propus a efetivar o combate”, frisou, creditando o sucesso da ação de hoje ao trabalho rápido da equipe e também ao Núcleo Investigativo e Operacional (NIO).
O núcleo foi criado recentemente pelo delegado regional de Rondonópolis, Claudine Lopes. “O NIO tem nos ajudar na intensificação do combate a criminalidade, dando maior fluidez as demandas investigativas na região.