Funcionários de Inteligência dos Estados Unidos acreditam que o presidente russo, Vladimir Putin, se envolveu pessoalmente nos ciberataques durante a recente campanha eleitoral americana, para se vingar de Hillary Clinton, informa a NBC News nesta quarta-feira (14).
Segundo a rede de televisão, que cita dois altos funcionários de Inteligência, Putin deu instruções diretas sobre como filtrar e usar a informação hackeada dos democratas para atingir a candidata Hillary Clinton, finalmente derrotada pelo republicano Donald Trump.
Os dois funcionários de Inteligência afirmaram ter "um alto nível de confiança" do envolvimento direto de Putin, destacou a NBC.
No final de semana passado, o jornal The Washington Post revelou que a CIA atribuía à Rússia a invasão de e-mails de indivíduos e instituições americanas com o objetivo de influenciar a eleição a favor de Trump.
Segundo a NBC, Putin jamais perdoou Hillary Clinton por questionar, quando era secretária de Estado, a integridade das eleições parlamentares de 2011 na Rússia, e por instigar protestos nas ruas.
Os funcionários de Inteligência disseram à NBC que o objetivo inicial de Putin com os ciberataques era se vingar de Clinton, mas se tornou algo mais amplo para revelar que a política americana está corrompida.
Nas palavras de um dos funcionários, Putin quis "dividir os aliados-chave dos Estados Unidos e criar a imagem de que os EUA não são mais um líder global confiável".
Na preparação de possíveis retaliações, as agências de Inteligência americanas intensificaram as investigações sobre a riqueza pessoal de Trump, revelou a NBC, citando funcionários americanos.
Trump considera "ridícula" a acusação de que a Rússia está por trás dos ciberataques ao Comitê Nacional Democrata e a personalidades ligadas a Clinton.
Fonte: G1