Política

PT buscará apoio de artistas e personalidades

Após uma série de reveses na formação de uma frente ampla em defesa da democracia, o PT apostará agora na força de artistas e personalidades na tentativa de derrotar o adversário Jair Bolsonaro (PSL) na disputa pela Presidência.

Na última segunda (15), o presidente do PDT, Carlos Lupi, não esteve no encontro que uniu PSB, PCdoB, PCB e PSol para o lançamento formal da frente ampla. No mesmo dia, o senador eleito e ex-ministro da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) Cid Gomes (PDT-CE) fez um discurso duro para dizer que o PT merece perder as eleições.

"Vamos trabalhar em busca de personalidades, pessoas do mundo artístico, da cultura, do esporte, pessoas sem partido para consolidar a frente em defesa da democracia contra o fascismo", disse o líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), ao HuffPost Brasil.

Para Pimenta, a ausência de Lupi no lançamento é "mais uma questão pontual do que de fundo". Ele diz acreditar na adesão do histórico aliado e de outros partidos. "O PDT vai estar conosco no processo. O partido tem uma tradição no campo popular democrático."

Obstáculos à frente

Apesar dos esforços da legenda e do constante apelo de Haddad a todos que "são a favor da democracia e direitos do povo", a estratégia do partido tem esbarrado em obstáculos. Vítima de manobra do PT contra formação de alianças, Ciro Gomes (PDT), terceiro lugar no primeiro turno, declarou, junto com o partido, apoio "crítico" à chapa do petista.

Ex-ministra em gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a candidata derrotada Marina Silva (Rede) também se esquivou de apoiar formalmente o antigo partido. Em nota, a Rede ressaltou que não apoia nenhum dos 2 candidatos, considerou a corrupção uma marca dos governos petistas, mas por temer riscos à democracia, pediu aos simpatizantes para que não votassem em Jair Bolsonaro.

O PSDB, que era outra aposta da campanha de Haddad, também iniciou a segunda semana após o primeiro turno sem aceno formal positivo ao adversário histórico. Já Joaquim Barbosa, ministro aposentado e ex-presidente do (STF) Supremo Tribunal Federal, se encontrou com Haddad, mas não se pronunciou.

Em tom de desabafo, na segunda-feira (15), o candidato do PT afirmou que está fazendo de tudo para ampliar a candidatura: "faço gestos todos os dias". Está incluída nessa movimentação a mudança de cor no material da campanha, do vermelho para o verde e amarelo. "Não posso ser irresponsável de me isolar dentro de um quadro tão tenebroso quanto a eleição desse senhor [Bolsonaro]", disse Haddad.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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