A Executiva Nacional do PSOL divulgou nota na sexta-feira (27) sobre a situação política no Peru em que a chama a presidente Dina Boluarte de "ditadora" e pede que o Brasil rompa relações com seu governo.
Boluarte assumiu em dezembro do ano passado, após a prisão do ex-presidente Pedro Castillo, de quem era vice. Castillo foi acusado de tentar um golpe de Estado e deposto pelo Congresso.
Desde então, o país andino vive uma espiral de turbulência, com manifestantes pró-Castillo exigindo a renúncia de Boluarte, a soltura do ex-presidente e a antecipação das eleições presidenciais. Já houve cerca de 60 mortes.
"O PSOL se solidariza com o povo peruano e se soma aos pedidos internacionais de fim da repressão e liberdade aos presos políticos. Chega de massacres, nenhum morto mais", diz o partido, que tem quadros integrando o governo Lula (PT).
A legenda diz ainda que seria necessário "a ruptura das relações com a ditadura de Boluarte, como gesto para o conjunto dos povos do continente".
O tom do PSOL difere da postura mais branda adotada pelo PT, legenda de esquerda mais centrista. Em declaração na semana passada, o partido limitou-se a manifestar preocupação com a situação no Peru e pedir diálogo entre as partes.