A direção do PSL em Mato Grosso irá se reunir esta semana para discutir a situação da ex-juíza Selma Arruda em decorrência de seu desligamento da coligação Segue em Frente Mato Grosso. O partido quer se assegurar dos efeitos da decisão da candidata ao Senado dentro da sigla e no tempo em TV e rádio.
“Nós vamos nos reunir esta semana para saber como fica a situação da Selma agora. Não sou contra ela ter tomado a decisão, se ela se sentiu prejudicada, tem que sair mesmo. Mas, não sabemos se ela pode perder o espaço no horário eleitoral e nem se há alguma sanção [interna]”, disse o deputado federal Victório Galli, presidente do diretório estadual.
Selma Arruda anunciou sua saída da coligação encabeçada pelo PSDB na sexta-feira (31) por distribuição desigual de tempo de exposição no horário eleitoral em rádio e TV, iniciado no mesmo dia. A briga dela é com o também concorrente ao Senado, Nilson Leitão (PSDB). Ele não aceitou dividir o tempo em partes iguais com a juíza aposentada.
Hoje, Galli não disse que a decisão isolada de Selma Arruda pode rearranjar a situação do partido na coligação, outro assunto que deverá ser discutido na reunião da cúpula. “O pessoal está meio espalhado, mas se conseguir nos reunir hoje, vamos fazer a reunião. Se não, até quarta-feira (5) devemos nos reunir para discutir a situação”.
No anúncio de rompimento com o PSDB, Selma Arruda disse se sentir boicotada com “as rasteiras dadas por Nilson Leitão”. “Bastou oficializamos a coligação com o PSDB no dia 5 de agosto para a realidade demonstrar que não há reciprocidade ética em relação a minha candidatura”, conta.
Em entrevista à rádio Capital FM, o governador Pedro Taques (PSDB), candidato à reeleição, disse que tentou mediar e amenizar o conflito entre Selma e Leião. “É um rompimento que vejo com muita calma, tentei mediar a situação entre a doutora Selma e Leitão, mas não consegui”.