O PSL decidiu nesta quinta-feira expulsar a deputada federal Bia Kicis (DF) dos quadros da legenda. Em notificação obtida pelo GLOBO e assinada pelo presidente nacional da legenda, Luciano Bivar, a expulsão é justificada pelo cometimento de “grave infração ética” e por “infidelidade partidária”.
No documento, o presidente do PSL cita o apoio de Bia Kicis à criação do Aliança para o Brasil, legenda que será liderada por Jair Bolsonaro.
“É notório que a deputada em questão vem realizando campanha em favor do partido em formação denominado ‘Aliança’, e para tanto desacreditando a agremiação à qual pertence atualmente e contraindicando a permanência de filiados e novas filiações a esta agremiação”, registra o texto.
Bivar acrescenta que a conduta da deputada, “pública e reiterada, implica em ofensa inadmissível à imagem do partido, bem como evidencia ação contrária ao programa partidário”.
Nesta tarde, Bia Kicis fez uma transmissão ao vivo nas redes sociais em que nega ter conhecimento do expulsão. Ela só soube do caso após publicação da “Folha de S. Paulo”.
“Todo mundo sabe que é preciso ter um processo legal para expulsar alguém. Não recebi nenhuma notificação”, diz Bia Kicis.
Desde que o presidente Jair Bolsonaro entrou em conflito com Bivar, 18 deputados que apoiam o presidente sofreram punições, sendo 14 deles suspensos da atividade partidária. Bia Kicis foi a primeira a ter uma decisão pela expulsão.