De acordo com a estudante do 10º semestre do curso de Direito, Keitti Munhoz, atualmente o horário de aula na instituição é das 19h30 as 22h25. Os alunos, por sua vez, pedem que o horário volte ao praticado no ano passado, que era das 19h10 as 22h.
A justificativa é que muitos acadêmicos utilizam o transporte público, que é praticamente ‘escasso’ naquela região. “A demanda de alunos é muito grande para a pouca quantidade de ônibus. As pessoas acabam esperando muito tempo e muitos chegam em casa depois de meia-noite”, argumentou Keitti Munhoz.
Os estudantes que presenciaram a manifestação alegam que o trânsito no local acabou ficando congestionado por conta dos veículos que não estavam conseguindo entrar na faculdade. A Polícia Militar (PM) esteve no local para organizar o trânsito.
“Minutos depois da chegada do primeiro carro da PM, outra viatura apareceu do lado de dentro da faculdade, ligou a sirene e procurou passagem por entre as pessoas. Ela até avançou, mas parou no portão, pois um grupo de alunos se negou a dar passagem. Daí pra frente foi simples. Um policial desceu e algemou uma aluna e disse que ela estava presa por desacato”, explicou à reportagem o também estudante de Direito, Ruytter Almeida.
Ele declarou ainda, que neste momento, os estudantes começaram a gravar a ação policial. Almeida disse também que após a prisão da estudante, alunos começaram a “estapear” a viatura da PM, que deixou o local levando a aluna algemada.
“Nos estávamos apenas protestando por nossos direitos e uma aluna foi levada como se fosse bandida”, desabafou a estudante Keitti Munhoz.
Outro Lado
A reportagem do Circuito Mato Grosso entrou em contato com o ICEC e foi informada que somente a assistente de direção, Maria Eva, poderia se pronunciar sobre o caso. Ela não estava no local e não retornou as ligações até a edição desta matéria.
Por meio de assessoria de imprensa, a Polícia Militar alegou a estudante foi detida por desacato a autoridade policial. Também por meio de assessoria de imprensa, a Polícia Civil afirmou que em questões desta natureza, é elaborado um Termo Circunstanciado de Ocorrência e a pessoa é liberada.