Política

Proposta de unificação de secretarias gera reclamação de setores

A reforma administrativa apresentada pela equipe de transição do governador eleito, Pedro Taques (PDT), apresentada na última quarta-feira (15), pelo seu coordenador, Otaviano Pivetta (PDT), já teve reações negativas de alguns setores da sociedade, como o da cultura e segurança. Isso porque, a proposta da nova estrutura do governo unifica estas pastas, com outras.

Objetivando reduzir de 19 para 12 secretarias, e cortar o excesso de gasto com cargos públicos, Pedro Taques pode acabar descumprindo uma promessa feita aos produtores culturais do estado, ainda em campanha. O pedetista se comprometeu em manter a secretaria, além de aumentar os investimentos do setor para 1,5%.

Em audição pública na Casa Barão de Melgaço, sede da Academia Mato-Grossense de Letras (AML) e Instituto Histórico e Geográfico (IHGMT), no mês de setembro, Taques afirmou ainda, que o próximo secretario de cultura seria escolhido em diálogo com a classe.

“A Cultura não é perfumaria, será tratada com a mesma seriedade que a educação, saúde, transporte e outras áreas”, afirmou o eleito, na ocasião.

A proposta gerou revolta não só entre os produtores culturais, mas também em internautas nas redes sociais. A internauta Carolina Barros, afirmou, em um post no facebook, que a fusão da pasta da cultura com a de turismo, já foi uma realidade sem sucesso.

“Mas já vivemos isso e não funcionou. Isso é um retrocesso! Sabemos que ela será relegada a segundo plano, e haverá uma guerra e medição de forças! Tinhamos que caminhar rumo a aprovação do Sistema estadual de cultura, equipe técnica qualificada (não cargos meramente políticos).Temos muitas reivindicações e sabemos que a fusão/extinção não é a melhor saída, e sabemos, porque já sentimos isso na pele!” publicou Carolina.

Setor da segurança

“Retrocesso”. Assim foi classificado, pelo Sindicato dos Agentes Prisionais de Mato Grosso (Sindspen), a proposta apresentada pela equipe de transição de Taques, de também unificar as secretarias de Justiça e Direitos Humanos com a de Segurança Pública.

Os sindicalistas afirmam que o desmembramento das pastas, feito pelo governador Silval, trouxe benefícios ao setor prisional do Estado.

“Hoje que começamos a colher os frutos da separação. Agora, temos uma estrutura de autonomia financeira e administrativa nas unidades prisionais e não acho justa a descontinuidade de um projeto que estava dando certo. Isso é um retrocesso. Voltamos a ficar dependente e com isso cria-se um inchaço, pois dentro desta nova secretaria terá um secretário para gerir e é humanamente impossível administrar tudo isso”. explica o presidente do Sindispen, João Batista.

Apenas uma proposta

Mesmo causando alvoroço nos setores sociais, as propostas apresentadas por Otaviano Pivetta ainda serão discutidas, e aprovadas pelo governador eleito, Pedro Taques.

A expectativa é a de que o futuro gestor do Estado se reúna com cada setor, para definir os melhores caminhos, garantindo o crescimento de cada área.

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Política

Lista de 164 entidades impedidas de assinar convênios com o governo

Incluídas no Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim), elas estão proibidas de assinar novos convênios ou termos
Política

PSDB gasta R$ 250 mil em sistema para votação

O esquema –com dados criptografados, senhas de segurança e núcleos de apoio técnico com 12 agentes espalhados pelas quatro regiões