Cidades

Pronto-socorro de Cuiabá cria estratégia para evitar colapso nesta sexta (28)

Foto: Arquivo Circuito Mato Grosso

Por meio de comunicado, a direção do Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC) orienta as lideranças de setores de como proceder durante esta sexta-feira (28) em que acontece em todo o país o movimento Greve Geral, a fim de garantir a permanência mínima de funcionários na instituição, sem maiores prejuízos aos pacientes.

O comunicado sugere que cada líder de setor articule carona para aqueles trabalhadores que não aderirem à greve e até mesmo viabilize veículo oficial para busca-los, em casos extremos.

Outra orientação é de que todos os trabalhadores escalados para esta sexta-feira devem comparecer ao pronto-socorro para o registro do ponto eletrônico.

“Os trabalhadores que aderirem ao movimento poderão trabalhar de vestimenta preta a fim de expressarem seus ideais políticos”, sugere a direção, ressaltando o comprometimento dos servidores da instituição. “Por isso contamos com o bom senso das lideranças para que os serviços não sejam comprometidos apesar deste evento”.

A direção do pronto-socorro de Cuiabá encerra o comunicado afirmando que a instituição zela pelo direito do trabalhador de participar de paralização e greve, acreditando que as orientações repassadas possam ajudar a garantir a assistência aos pacientes e os direitos do servidor.

Regime de trabalho

O presidente do Sindicato dos Profissionais da Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen-MT), Dejamir Soares, afirmou que a orientação emitida aos sindicalizados é manter 30% do quadro de servidores em áreas de atendimento em enfermarias em postos, UPAs e outras unidades de saúde e 50% em UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e urgência e emergência – no caso do pronto-socorro. Segundo ele, isso representa um de cada três profissionais devem parar suas atividades ao longo do dia.

Profissionais da saúde são uma das categorias com maior mobilização em Mato Grosso neste dia de manifestações.

"A terceirização e a reforma trabalhista vão tirar o direito do trabalhador paulatinamente. Uma vez que as negociações acontecerem entre o advogado da empresa e o funcionário, isso deve gerar perda de proteção hoje garantida por lei", disse Santos.

Ele se refere a duas mudanças propostas na reforma trabalhista aprovada na quinta-feira (27) na Câmara Federal. Uma dá prevalência a decisões tomadas em acordo e convenções trabalhistas entre o empregador, representado pelo jurídico, e o empregado, representado por sindicatos, em detrimento da lei; a outra estabelece medida semelhante para a montagem de plano de carreira.

"Para citar um exemplo, em duas semanas de contrato com cooperativa, 60 profissionais foram colocados dentro do pronto-socorro no caráter de terceirização. Isso significa que o profissional que trabalha por meio de contrato de legislação em virgor perderá a preferência. É questão de tempo."

Veja fac-símile do documento:

Texto atualizado às 11h50 para acréscimo de informações

Sandra Carvalho

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