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Promotoria decide que Hopi Hari deve ficar fechado

A medida ocorreu após um adolescente morrer ao cair do brinquedo La Tour Eiffel, no dia 24 de fevereiro.

A promotora Ana Beatriz Vieira, responsável pelo inquérito cível que apura se o parque tem condições de reabrir para o público, preferiu não se manifestar até que as atividades no local sejam concluídas.

Quando anunciou a suspensão temporária das atividades, no dia 1º de março, Vieira afirmou que a responsabilidade do parque sobre o acidente fatal era "inegável", mas que o objetivo da perícia, pelo acordo de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), era certificar que a retomada da programação no Hopi Hari ocorresse "sem qualquer falha ou defeito dos procedimentos de segurança".

A força-tarefa comandada pelo Ministério Público reúne equipes do Corpo de Bombeiros, Instituto de Criminalística do Estado de São Paulo, IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) e Ministério Público do Trabalho.

Devem passar pela perícia, prioritariamente, os brinquedos: Montezum (montanha russa), Vurang, Ekatomb, Vula Viking, Leva i Traz, Lokolore, Evolution, Rio Bravo, Crazy Wagon, West River, Trakitanas, Simulakron, Giranda di Musik e Dispenkito. O parque tem cerca de 60 atrações.

Até a última sexta-feira, dez atrações tinham passado por vistoria, segundo a assessoria de imprensa do Hopi Hari. As equipes retomaram os trabalhos nesta segunda.

A nova previsão é que o parque reabra no dia 23. Se a perícia acabar antes, essa data pode ser antecipada.

ACIDENTE

Gabriella Yukari Nichimura, 14, morreu ao cair da torre Eiffel do Hopi Hari no último dia 24. Depois do acidente, apenas esse brinquedo havia sido interditado, mas o Ministério Público entendeu que havia possibilidade de risco ao consumidor em outros brinquedos e propôs o fechamento.

Uma foto apresentada pela família de Gabriella na quinta (1º), feita momentos antes do acidente, provocou uma mudança no rumo das investigações.

A imagem contestou informações preliminares da perícia, pois mostrou que a garota havia se sentado em uma cadeira diferente da analisada pelos peritos.

O assento já não era utilizado havia dez anos, porque técnicos do parque identificaram a possibilidade de algum visitante mais alto encostar na estrutura de metal que simula a torre Eiffel. Por isso, os mecanismos de segurança dele não estavam habilitados.

Por conta dessa informação e com base em depoimentos de testemunhas, a polícia iniciou a investigação acreditando que Gabriella ocupava outro assento. O delegado não descarta que tenha havido má-fé por parte do parque, que sempre afirmou que ninguém usaria aquela cadeira.

Para o advogado do Hopi Hari, não houve omissão de informação. "Em nenhum momento o Hopi Hari enganou, mesmo porque o parque também só soube depois que a garota estava nessa cadeira", disse Alberto Toron.

Agora, a polícia e o Ministério Público investigam como a trava da cadeira foi liberada e de quem foi a responsabilidade por colocar Gabriella no assento.

Editoria de Arte/Folhapress

Fonte: FOLHA.COM

Redação

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