Política

Promotor responsável pela Operação Rêmora deixa chefia do Gaeco em maio

O promotor de justiça, Marco Aurélio Castro, deixará a coordenação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em maio deste ano. Entretanto, afirma que o andamento das operações não ficará comprometido. Ele é um dos responsáveis pela Operação Rêmora, investigação de esquemas de licitação e propina na Secretária de Educação do Estado (Seduc).

Marco Aurélio pediu recentemente o afastamento do cargo, por dois anos, para participar de um processo seletivo para mestrado no interior de São Paulo, em Marília. No entanto, o agente estadual frisou que este pedido “apenas cria a possibilidade” do afastamento.  “Eu fiz o pedido por garantia, ainda será estudado essa situação”, disse o promotor ao Circuito Mato Grosso.

Ele complementou que independente do afastamento, ele saíra da coordenação do grupo em maio, período que encerra a sua gestão a frente do Gaeco. “Entregarei o cargo no dia 5 de maio. Já estou há seis anos como líder do Gaeco”, afirmou.

Contudo, o promotor garante que as operações que coordenou não serão prejudicadas, pois a maioria está em um estágio avançado de julgamento e investigações. “Toda equipe têm uma preparação para suprir a falta de um ou outro”, conclui. 

O promotor é responsável também pelas operações Metástase, Ventríloquo, Aprendiz, Imperador e Seven, que resultou na prisão do ex-governador Silval Barosa (preso no Centro de Custódia de Cuiabá-CCC), do ex-secretário Pedro Nadaf e do ex-presidente do Intermar, Afonso Dalberto. Esta última operação citada investiga a aquisição fraudulenta de um terreno rural, com um desvio de aproximadamente R$ 7 milhões. 

Os mandatos no Ministério Público Estadual têm a duração de um ano, sendo quatro vagas abertas em edital, ao quais promotores e procuradores de entrância final podem se inscrever. “A escolha é feita pelo Conselho Superior do Ministério Público”, explica Marco Aurélio.

Valquiria Castil

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