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Promotor reafirma ligação de Arcanjo com a morte de empresários

Foto: TJMT

Airton Marques – Da Redação / Ulisses Lalio – Da Reportagem

O promotor de Justiça Vinícius Gahyva, afirma que o ex-bicheiro, João Arcanjo Ribeiro, controlava o crime organizado em Mato Grosso na época em que os empresários Rivelino Jacques Brunini, Fauzer Rachid Jaudy, foram assassinados, em 2002. De acordo com os autos e investigações, o Ministério Público garante a ligação do ex-comendador com a morte de Rivelino e Fauzer.

Na manhã desta sexta-feira (11) o julgamento de Arcanjo foi retomado, com a fase dos debates entre a promotoria (acusação) e a defesa. Após os argumentos das duas partes, o júri deve se reunir para forma uma opinião a cerca do mérito do caso.

A explanação de Gahyva durou quase duas horas. O promotor chegou a ser ironico no fim de sua fala, ao afirmar que a partir da explanação do advogado de defesa do ex-bicheiro, Paulo Fabrinny, "começaria o processo de beatificação de João Arcanjo".

Segundo o representando do Ministério Público, Arcanjo é o culpado e setenciador de seu próprio destino, na medida em que montou uma organização com poderes paralelos e tentáculos enraizados em todas as instituições públicas de Mato Grosso, para se beneficiar financeiramente e abusar de seu poder criminoso.

“O Ministério Público trabalha com a certeza que ressai das provas que constam nos autos. O João Arcanjo Ribeiro era o chefe do crime organizado na época. Ele tinha o domínio territorial do estado de Mato Grosso. Estabelecendo um estado paralelo, em que ele efetivamente tinha todo o domínio do fato e das questões que aconteciam. Outorgava-se na situação de Estado, na concessão de autorizações para a exploração de jogatinas em Mato Grosso. De forma que ele tinha, sem dúvida alguma, pleno domínio do fato, de tudo o que acontecia no estado em termos de contravenção penal, de exploração de jogatina e de vários outros aspectos”, defendeu Gahyva.

Antes da retomada do julgamento, o promotor relatou que a morte de Rivelino teve como justificativa o temor de que a vítima pudesse entregar todo o esquema de contravenção, ligada as máquinas caça-níqueis, à polícia, caso fosse preso.

“Ele [Arcanjo] tinha um relacionamento decorrente da sua condição de integrante da estrutura do crime organizado. Nós sabemos que no crime organizado não há relacionamento que não se paire no interesse da corporação criminosa. O crime organizado se monta de uma forma hierárquica, compartimentada, com divisão estrita de tarefas. A amizade no crime organizado vai até que alguma dessas engrenagens passe a se contrapor aos desideratos da organização. Nesse momento, essa engrenagem tem que ser eliminada, a bem da organização. Esse é um risco que a organização de Arcanjo corria, de que se Rivelino viesse a ser alvo da atuação, e já estava sendo, do Estado formal, através da declaração da sua prisão preventiva, ele pudesse entregar toda a organização criminosa. Essa foi uma das razões que ele foi eliminado”, declarou o promotor, momentos antes da retomada do julgamento.

“A expectativa é que nós concluamos a fase de debates agora e que os jurados possam, com base nas provas dos autos e nas sustentações que serão feitas por parte do MP e da defesa, formar sua opinião a cerca do mérito da causa”, finalizou.

Após depoimentos, julgamento de João Arcanjo entra para o segundo dia

Arcanjo é julgado por assassinato de empresários em 2012

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