Jurídico

Promotor de Cáceres é intimado a depor sobre escutas clandestinas

O promotor de Justiça de Cáceres Rinaldo Segundo foi intimado a testemunhar na ação que investiga o esquema de escutas telefônicas clandestinas em Mato Grosso. Ele deverá ser ouvido pelo juiz Murilo Moura Mesquita, da 11ª Vara Criminal Especializada da Justiça Militar, na sexta-feira (23).

Investigações apontaram que os primeiros casos do esquema de escutas teriam começado em Cáceres, utilizando a prática conhecida como “Barriga de Aluguel”, inserindo dados forjados para grampear pessoas que não estejam envolvidas em processos.

O promotor foi citado no depoimento do juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, apontado como o responsável por autorizar as interceptações telefônicas. À Justiça, o magistrado informou que Rinaldo acompanhava o coronel da Polícia Militar Zaqueu Barbosa, em 2013, para pedir a autorização. A informação é de que a escuta seria para investigar uma corrupção no comando da PM do município.

Rinaldo foi incluído nas oitivas a pedido da defesa do cabo da PM Gerson Correa Junior.

Grampos ilegais

O escândalo dos grampos ilegais tomaram luz em maio de 2017 após reportagem veiculada no Fantástico, da Rede Globo. No caso, jornalistas, políticos e advogados teriam sofrido interceptações telefônicas clandestinas por parte de policiais.

Sobre o caso, foram presos acusados de obstrução da Justiça o coronel da PM Zaqueu Barbosa, o cabo Gerson Corrêa Junior, o coronel da PM e ex-secretário de Justiça e Direitos Humanos Airton Benedito Siqueira Junior, o coronel e ex-chefe da Casa Militar Evandro Lesco, os ex-secretários Rogers Jarbas (Segurança Pública) e Paulo César Zamar Taques (Casa Civil), o sargento João Ricardo Soler e a personal trainer Helen Christy Lesco.

Redação

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